PGR pede dados à PF sobre suposto envolvimento de parlamentares em ataque hacker
Objetivo é dar andamento à investigação em caso de envolvimento de algum agente público com foro privilegiado
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao diretor geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre, o compartilhamento de informações do inquérito que apura a invasão hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral, no dia do primeiro turno das eleições municipais.
O objetivo é dar andamento à investigação em caso de envolvimento de algum agente público com foro privilegiado. Quatro deputados federais foram citados na representação que deu início ao caso, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Filipe Barros (PSL-PR), Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).
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De acordo com o pedido ao qual a CNN teve acesso, Aras solicita à PF que após a conclusão do inquérito policial seja remetida cópia dos autos à PGR “para adoção das providências cabíveis em relação a eventual envolvimento de agente público com prerrogativa de foro”.
O pedido da PGR atende a uma notícia crime apresentada pela Safernet, ONG parceira do Ministério Público no monitoramento da internet, que pediu investigação sobre “campanha de desinformação” e “ataque cibernético” no dia da eleição.
Inicialmente essa representação foi levada ao vice-procurador-eleitoral, Renato Brill de Góes. Ao analisar o pedido, ele avaliou que os supostos crimes citados são comuns e não eleitorais, e encaminhou para o procurador-geral Augusto Aras adotar providências.
O deputado federal Filipe Barros afirmou que tem direito e dever de manifestar opiniões sobre qualquer assunto.
“Destaco minha surpresa em ver que o relatório de uma única ONG, Safer Net, cuja história mostra relação umbilical com as gestões do PT, mereça confiança tão cega e desprovida de senso crítico”, disse em nota.