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    Para cúpula militar, ida de Pazuello à reserva neste ano se tornou inevitável

    Segundo integrantes do governo, a questão tem sido amadurecida pelo general da ativa, que já teria sinalizado a possibilidade de antecipar a passagem

    Gustavo Uribeda CNN

    Com a decisão do comando do Exército de não punir o general da ativa Eduardo Pazuello, integrantes da cúpula militar consideram que se tornou inevitável que o general antecipe sua transição para a reserva.

    A ideia inicial de Pazuello era passar para a reserva apenas no ano que vem, mas generais, tanto da ativa como da reserva, têm cobrado que o ex-ministro da Saúde faça a transição já neste momento. O objetivo é evitar que eventuais declarações políticas ou presenças dele em eventos de caráter partidário causem novo constrangimento às Forças Armadas.

    Até agora, o general vinha resistindo à pressão. Segundo integrantes do governo, no entanto, após a decisão de quinta-feira (3), Pazuello passou a avaliar a possibilidade, mas ainda não teria definido uma data.

    Nas palavras de um general da ativa, o que se espera é que, diante de uma decisão que levou em conta a defesa do ex-ministro da Saúde, Pazuello responda com um gesto de desprendimento e efetive a sua transição para a reserva.

    Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento à CPI da Pandemia
    Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento à CPI da Pandemia
    Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

     

    A avaliação de militares é de que, caso passe para a reserva, o general terá mais liberdade para viabilizar uma candidatura no próximo ano. Segundo aliados de Pazuello, ele avalia desde uma disputa a deputado federal até a governador do Amazonas.

    Nesta semana, Pazuello foi nomeado para o cargo de secretário de Estudos Estratégicos da SAE (Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos). A CNN questionou o general, por meio da Secretaria de Assuntos Estratégicos, se há a intenção de antecipar a transição para a reserva e se ele considera disputar a campanha eleitoral, mas ainda não obteve reposta.

    O Exército decidiu não punir Pazuello por um ato ao lado do presidente realizado no Rio de Janeiro, em 23 de maio. Em nota, disse que “em evento realizado na Cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”.