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    Em encontro com Bolsonaro, empresários criticam política ambiental do governo

    Segundo um dos presentes, os empresários entraram insatisfeitos com a atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e saíram ainda mais insatisfeitos

    Caio Junqueirada CNN

    A dois dias da abertura da Cúpula de Líderes sobre o Clima, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ouviu críticas de empresários à política ambiental do governo. O encontro virtual foi promovido nesta terça-feira (20) pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Além de Bolsonaro, estavam 10 de seus ministros. Do outro lado, cerca de 40 dos maiores empresários do país.

    O encontro durou cerca de duas horas. Bolsonaro fez uma breve fala e, depois, cada um dos 10 ministros pôde apresentar, a seu pedido, suas ações durante três minutos.

    Após o encontro, os empresários fizeram uma breve reunião e criticaram a política ambiental brasileira e como o País participa das negociações nos fóruns ambientais mundiais. Segundo um dos presentes, os empresários entraram insatisfeitos com a atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e saíram ainda mais insatisfeitos.

    Presidente Jair Bolsonaro
    Presidente Jair Bolsonaro
    Foto: Mateus Bonomi/Agif – Agência De Fotografia/Estadão Conteúdo

     

    Decidiram, então, pedir ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que intermediasse uma nova reunião com Salles para tratar do assunto, o que acabou ocorrendo. Skaf, Salles, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e os diplomatas envolvidos nas negociações se reunião na manhã desta quarta-feira.

    A convocação da reunião demonstra a tensão no meio empresarial com o desempenho do Brasil nesse encontro com Biden. O anúncio, antecipado pela CNN, de mais recursos para o Ministério do Meio Ambiente, mais especificamente para órgãos de fiscalização como Ibama e ICMBio, tem sido visto por setores do empresariado como insuficiente.

    O próprio Itamaraty tem aconselhado a tratar a reunião como uma guinada não só no discurso da política externa brasileira, mas, principalmente, na prática. Isso significa ofertar aos americanos mais medidas concretas que comprovem a mudança no discurso.

    A diplomacia brasileira considera crucial a comunidade internacional reconhecer e confiar que há de fato uma guinada em curso.