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    Advogados Karina Kufa e Kakay debatem sobre atritos entre Bolsonaro e STF

    Os dois advogados também abordaram o avanço do inquérito sobre fake news no Supremo e as pautas das manifestações de domingo (31)

    Da CNN

    Os advogados Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Karina Kufa debateram nesta segunda-feira (1º) na CNN sobre o avanço do inquérito sobre ameaças e fake news contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e os embates entre a Corte e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As pautas das manifestações pró e contra o governo Bolsonaro também foram discutidas.

    Karina Kufa disse não ver por parte do presidente nenhuma tentativa de ruptura institucional. Segundo ela — que atua na criação do partido Aliança pelo Brasil e trabalhou na campanha eleitoral de Bolsonaro — o poder Judiciário interferiu em prerrogativas presidenciais ao barrar a nomeação de Alexandre Ramagem ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Para a advogada, isso “impossibilitou a nomeação de um quadro técnico para o cargo.”

    Para Kakay, Bolsonaro defende de forma reiterada “a interferência no Congresso e Judiciário, além de tratar com desprezo a imprensa”. Segundo o advogado, as investigações sobre fake news vieram em “boa hora” e não miram apenas a propagação de notícias falsas, mas também a existência de “uma máquina de fazer fake news que ameaça a estabilidade democrática.”

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    De acordo com Karina, não há “forma ordenada de disparo de mensagens” e sim perfis que compartilham críticas, incluindo “eleitores de outras vertentes políticas criticando a atuação do STF.” Ela ainda questionou a maneira como o inquérito das fake news foi instaurado, ao dizer que “ninguém sabe de fato o objeto da investigação”, e disse temer que o inquérito possa afetar a liberdade de expressão no país.

    Kakay afirmou ver na propagação de fake news e de perfis robôs em redes sociais uma extrapolação do conceito. “A partir do momento que a liberdade de expressão é uma afronta aos poderes, [isso] deve ser punido.”

    Segundo ele, o presidente cometeu crime de responsabilidade ao participar de atos contra o STF, especialmente durante a pandemia. “Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao ir para a rua, pela figura que ele representa como presidente”, afirmou Kakay.

    Karina Kufa disse que o presidente “não convocou ninguém a ir para as ruas, e também não há problema algum dele participar dos atos”. Ela disse ainda que, em conversas com o presidente, ela o desencorajou a processar veículos de imprensa, algo que ela disse ter sido instigados por “antigos advogados”, e que o presidente “se preocupa com as liberdades”. Kakay falou da forma como Bolsonaro se relaciona com a imprensa e citou o episódio em que o presidente mandou jornalista calarem a boca.

    (Edição: Bernardo Barbosa)

     

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