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    Em depoimento à PF, Zambelli afirma que não intermediou vaga para Moro no STF

    Deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (13)

    Caio Junqueirada CNN

    A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (13), e afirmou que não falou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre troca na diretoria da Polícia Federal, motivo que levou ao pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro.

    Em depoimento que a CNN teve acesso, a deputada afirmou também que não intermediou a vaga para Moro no Supremo Tribunal Federal (STF), fazendo referência à troca de mensagens entre ela e o ex-ministro, divulgadas por Moro.

    A deputada afirmou ainda, durante seu depoimento à PF, que o ex-ministro Sergio Moro e o ex-diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, não se opuseram à nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria geral da PF, indicação que agradaria o presidente Jair Bolsonaro.

    “Sergio Moro não chegou a confirmar nem a refutar o nome do delegado Ramagem para a direção geral, e que o delegado Maurício Valeixo chegou a afirmar, via contato telefônico (com Zambelli), que Ramagem era um bom nome como sucessor e que ele (Valeixo) faria uma transição no cargo de diretor geral da PF”, declarou. 

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    Carla Zambelli justificou, em seu depoimento, que a troca de mensagens por telefone entre ela e o ex-ministro Sergio Moro ocorreu devido a uma proximidade entre eles, destacando ainda que Moro é seu padrinho de casamento. E que sua intenção era apenas de promover uma aproximação entre o ex-ministro e o presidente Jair Bolsonaro.

    Zambelli esclareceu que as mensagens foram enviadas a Sergio Moro no sentido de incentivá-lo a permanecer no Ministério da Justiça, que não chegou a ter qualquer conversa com o presidente Jair Bolsonaro no sentido de o ex-ministro aceitar a substituição da direção da Polícia Federal. 

    A deputada disse que, em relação à mensagem trocada com Moro no dia 23 de abril deste ano, gostaria de contextualizar que, como ativista, chegou também a trabalhar com o ex-presidente Michel Temer na indicação de Ives Martins Filho para a vaga de Teori Zavascki ao STF e, que poderia trabalhar junto com o presidente Bolsonaro no sentido de o ex-ministro Sergio Moro a vir ocupar uma futura vaga.

    Zambelli disse que “o presidente Jair Bolsonaro não chegou a externar desconfiança com o ex-diretor da PF Maurício Valeixo”, e que a mensagem “foi no contexto que o ex-ministro Sergio Moro era desarmamentista”, e pela proximidade entre os dois, o presidente não confiaria no delegado Valeixo, então diretor da PF, responsável pela emissão e registro de portes de armas.