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    Reconstituição de morte de miliciano dura 4 horas; laudo vai para inquérito

    A intenção agora é confrontar a versão dada pelos policiais em fevereiro deste ano, quando o ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro foi morto

    Por Daniel Motta, da CNN, em São Paulo

    A reconstituição da morte do miliciano Adriano da Nóbrega, durou quatro horas e envolveu cinquenta policiais da Bahia, que estiveram na ação que terminou com a morte dele. Um laudo será elaborado e anexado ao inquérito da polícia civil que investiga o caso.

    A intenção agora é confrontar a versão dada pelos policiais em fevereiro deste ano, quando o ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro foi morto. Os policiais envolvidos no caso alegam que houve um confronto e que o miliciano teria atirado contra eles.

    Na simulação de hoje os policiais foram divididos em grupos ou “celulas táticas”, como foram chamados.

    “A célula tática, composta de três policiais militares, que localizou o miliciano mostrou como foram as buscas, a tentativa de cumprir o mandado, a entrada no imóvel onde o foragido se escondia, o confronto e a prestação de socorro”, disse a SSP da Bahia.

    Reconstituição Adriano da Nóbrega
    Polícia técnica conduz reconstituição da morte do miliciano Adriano da Nóbrega
    Foto: SSP-BA/Alberto Maraux

    Para a policia civil que investiga as circunstâncias da morte de Adriano da Nóbrega, a reprodução simulada vai ajudar a esclarecer o caso.

    “A reprodução simulada é mais uma maneira de esclarecer o caso e oferecer  todos os subsídios à Polícia Civil para concluir o inquérito”, declarou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

    O caso

    Ex-capitão do Bope, Adriano era apontado como chefe da milícia Escritório do Crime, que atua na zona oeste do Rio de Janeiro e é investigado pelo Ministério Público do estado por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

    Na investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a mãe e a esposa do miliciano aparecem como funcionárias do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, quando ele era deputado estadual. Segundo relatório do Coaf, além da mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a esposa dele, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, também trabalhou no gabinete e recebia um salário de quase R$ 5,2 mil, a mesma quantia da mãe do miliciano.

    Um relatório do MPRJ afirma que Adriano e família teriam transferido mais de R$ 400 mil para as contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

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