Alessandro Vieira: CPI atua de forma isenta e coleta provas de forma objetiva
Integrante da comissão e responsável pela convocação de Wajngarten, senador vê isenção nos trabalhos e espera depoimento elucidativo de ex-secretário
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) rebateu nesta quarta-feira (12), em entrevista à CNN, as afirmações de que a CPI da Pandemia produzirá um relatório enviesado. Na visão de parlamentares governistas, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) estaria conduzindo os depoimentos com o intuito de extrair afirmações que corroborem um relatório que responsabilize o governo federal sobre falhas no combate ao coronavírus.
Para Vieira, a CPI atua de forma isenta e tem coletado provas de forma objetiva, sem interesse específico em prejudicar determinados gestores públicos.
“Isso [relatório enviesado] é completamente distante do que está acontecendo na CPI. O que nós temos de realidade são fatos graves que estão sendo confirmados pelos depoentes e os senadores governistas têm toda condição de fazer as perguntas”, afirmou Vieira.
Neste sentido, o parlamentar apontou o depoimento concedido pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, como uma explanação técnica que comprovaria a resistência do governo federal em seguir as recomendações científicas elaboradas pelo órgão regulador.
“Existe uma orientação técnica oficial que não é aceita e respeita pelo presidente República, gerando um impacto, que ainda vamos medir, na efetividade do governo federal no combate à pandemia”, disse.
Depoimento de Wajngarten à CPI
O senador Vieira foi o responsável pelo requerimento de convocação de Fabio Wanjgarten. Ele acredita que o depoimento do ex-secretário de Comunicação Social será crucial para compreender o processo de tomada de decisão da Presidência da República no enfrentamento à crise de saúde pública que atingiu o país.
O ex-secretário de Comunicação foi incluído no cronograma de depoimentos da comissão após uma entrevista à revista “Veja”, em que Wajngarten responsabilizou o Ministério da Saúde pela demora na compra das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer.
“O Fábio Wajngarten vai poder explicar na área dele, que é a comunicação, por que o governo não fez campanhas efetivas, qualificadas para orientar o cidadão brasileiro e por que ele foi participar de uma reunião com uma multinacional sobre negociação de vacinas, que é uma atividade completamente fora do papel dele”, disse Vieira.