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    Em reação a CPI, Bolsonaro pretende reforçar retórica de perseguição política

    Segundo assessores palacianos, manifestação no Rio de Janeiro no domingo (23) teve o objetivo de mostrar a senadores que presidente não ficará acuado

    Gustavo Uribeda CNN

    Como reação à CPI da Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve reforçar a retórica de que tem sofrido uma perseguição política e que não ficará acuado diante de críticas ao governo federal.

    Segundo assessores presidenciais, a manifestação promovida neste domingo (23) no Rio de Janeiro teve como principal objetivo fazer uma demonstração pública de que Bolsonaro tem apoio popular para reagir à investigação.

    Por isso, segundo um ministro, que o general da ativa Eduardo Pazuello foi chamado pelo presidente para participar da manifestação. A intenção foi mostrar que Pazuello não silenciará sobre acusações de que não falou a verdade em seus depoimentos.

    A estratégia de reforçar o discurso de que o objetivo da CPI da Pandemia é tentar impedir uma eventual reeleição do presidente tem sido discutida desde a semana passada por assessores palacianos.

    A ideia, ao criticar o grupo de senadores independentes e de oposição de querer politizar a pandemia do coronavírus, é de tentar deslegitimar as acusações de que o governo federal cometeu equívocos no combate à doença.

    Em caráter reservado, o presidente tem reclamado nas últimas semanas, segundo deputados aliados, que a CPI da Pandemia já decidiu condená-lo por antecipação.

    Em reunião no domingo (23), integrantes do chamado G7, grupo de senadores independentes e de oposição da CPI da Pandemia, avaliaram que Bolsonaro decidiu dobrar a aposta no protesto no Rio de Janeiro.

    O diagnóstico feito no encontro é de que, ao fazer acenos à sua base de apoio, o presidente tem organizado a sua tropa eleitoral na tentativa de emparedar a comissão de inquérito.