STJ vê risco a investigação e nega acesso de deputados a provas contra Witzel
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) indeferiu pedido da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) para ter acesso ao inquérito que a apura envolvimento do governador Wilson Witzel com fraudes na saúde. A decisãodo ministro Benedito Gonçalves é da segunda-feira (29). No texto, o ministro concorda com a tese do Ministério Público Federal de que o compartilhamento de provas com a Alerj traria “grande risco de prejudicar a investigação”.
A comissão que quer o impeachment de Witzel solicitou compartilhamento de provas da investigação que tramita no STJ.
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Witzel e a primeira-dama, a advogada Helena Witzel, tiveram celulares e computadores apreendidos na Operação Placebo, que apura fraudes na compra emergencial de respiradores e na contratação da organização social Iabas, inicialmente escolhida para construir e administrar sete hospitais de campanha durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo o MPF, o material apreendido na Operação Placebo, em maio, está sendo analisado pela Polícia Federal.
“Portanto, nesse momento da investigação, o mais prudente é que as informações contidas no inquérito e aquelas obtidas com a busca e apreensão circulem o menos possível”, diz trecho da decisão do STJ.