Gilmar libera para julgamento habeas corpus que deixou Queiroz em domiciliar
Queiroz foi inicialmente detido em 18 de junho na casa de Frederick Wassef, então advogado do senador Flávio Bolsonaro, em Atibaia
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento, na Segunda Turma, o habeas corpus que garantiu a prisão domiciliar de Fabrício Queiroz e da mulher dele, Márcia Aguiar. Como é virtual, o julgamento deve começar no próximo dia 4 e vai até 11 de dezembro.
No dia 14 de agosto, Gilmar concedeu habeas corpus a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e sua mulher Márcia Aguiar, permitindo que eles sigam em prisão domiciliar.
A decisão aconteceu um dia após o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, revogar a prisão domiciliar concedida ao casal.
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Queiroz e Márcia nem chegaram a voltar para a prisão. Segundo o ministro Fischer, não ficou comprovado o “quadro debilitado” de Queiroz, argumento usado pela defesa para que ele permanecesse em sua residência.
Além disso, Fischer entendeu que havia elementos que demonstram que o casal “articulou e trabalhou arduamente, em todas as frentes, para impedir a produção de provas e/ou realizar a adulteração/destruição destas”.
Queiroz foi inicialmente detido em 18 de junho na casa de Frederick Wassef, então advogado do senador Flávio Bolsonaro, em Atibaia, São Paulo.
O ex-assessor é suspeito de operar um esquema de “rachadinhas” – apropriação de salários de funcionários – no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O nome de Queiroz veio à tona em dezembro de 2018, quando o jornal “O Estado de S.Paulo” revelou que ele fez movimentações financeiras “atípicas”.