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    Rogério Carvalho prevê prorrogação da CPI da Pandemia

    Senador do PT-SE também cobra esclarecimento sobre existência de assessoramento paralelo do governo federal

    Produzido por Elis Franco, da CNN, em São Paulo

     

    Em entrevista à CNN, o senador suplente da CPI da Pandemia, Rogério Carvalho (PT-SE), considerou provável que a CPI da Pandemia seja prorrogada para mais 90 dias a depender da análise de documentos e informações que estão sendo investigados. Esta extensão seria para apurar porque o governo federal utilizou intermediários nas compras das vacinas contra a Covid-19. 

    “Por que teve intermediário nas compras de vacinas uma vez que o Brasil sempre comprou diretamente com a intermediação apenas da Organização Mundial de Saúde? Ou até diretamente de laboratórios? Talvez haja a necessidade de abrir um espaço nessa área para ampliar a investigação.” 

    Ele também cobra o esclarecimento a respeito da suposta existência de um assessoramento paralelo no governo federal a respeito da pandemia. “O Brasil virou um verdadeiro parque para charlatões ou aprendizes de charlatões, pessoas que exercem a medicina, que prescrevem e definem um rumo para a saúde pública sem nunca ter sentado no banco de uma escola [de medicina], como se a saúde pública não fosse uma área de conhecimento altamente sofisticada, complexa e tecnológica.” 

     

     

    Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
    Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
    Foto: Reprodução / CNN

    Jair Bolsonaro

    Segundo Carvalho, a CPI já tem provas para evidenciar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apostou em uma única via para conter a Covid-19, que foi a cloroquina. De acordo com ele, há um caso específico envolvendo o Brasil a Índia a ser melhor explicado.

    “Foi revelado a movimentação do próprio presidente com o primeiro-ministro da Índia para intermediar a compra de insumos para a produção da hidroxicloroquina para dois laboratórios no Brasil — o que é considerado tráfico de influência internacional, já que ele não pode fazer isso para um ou outro [laboratório] especificamente. Está claro que o presidente da república e o seu governo praticou e defendeu a exposição da população brasileira ao contágio”, afirmou.

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