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    Rodrigo Maia admite diálogo com Huck e não acredita em aliança com Moro

    Para o presidente da Câmara, o ex-ministro Sergio Moro representa um dos extremos que seu partido quer combater

    Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, vota no Rio de Janeiro
    Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, vota no Rio de Janeiro Foto: CNN Brasil

    Iuri Corsini e Cléber Rodrigues, da CNN, no Rio de Janeiro

    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), votou na manhã deste domingo (15) na Escola Municipal Professora Zuleika Nunes de Alencar, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e falou sobre uma possível aliança entre o DEM e Luciano Huck.

    Maia admitiu que há diálogos em andamento, mas não garantiu que essa aliança será, de fato, consolidada. O parlamentar afirmou, porém, ser “muito difícil” participar de um projeto junto com Sergio Moro, o qual ele acredita representar um dos extremos que seu partido quer combater.

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    “Tenho intenção de participar de um projeto que não esteja nos extremos, um projeto onde o diálogo prevaleça. Acho que o Luciano está tentando construir esse projeto assim como o DEM”, disse.

    “Há uma linha de pensamento convergente, principalmente do ponto de vista econômico social, que é uma linha mais liberal, mais de centro-direita. Temos que dialogar com todos. Agora, quem vai comandar esse projeto é uma questão que o tempo irá dizer. Mas acho que o DEM, após a eleição de hoje, vai se cacifar para liderar esse processo”.

    Quando questionado sobre uma possível aliança com a presença de Sergio Moro, Maia praticamente descartou essa aproximação. Para ele, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública representa o extremo.

    “Teria muita dificuldade de participar de um projeto com o Moro. Acho que ele não faz parte desse ambiente de diálogo. Com o Luciano não tenho esse problema”, afirmou em entrevista em sua seção eleitoral.

    Maia também não descartou uma aliança entre o que ele chamou de centro-direita e a centro-esquerda, citando partidos como PSB, PDT, e até mesmo uma parte do PT, que tiveram bom diálogo com o presidente da Câmara.

    “Acho que os partidos de centro esquerda também precisam dialogar mais para podermos reduzir a força dos extremos que tem gerado interrupção de diálogos e às vezes reações muito duras por parte da sociedade. Porém, não podemos abrir mão dos nossos princípios, e é justamente aí que uma aliança desse tipo pode ser inviabilizada”.

    Rodrigo Maia ainda falou sobre o sentimento da sociedade em 2018, que enfatizou candidaturas de pessoas que levantaram a bandeira da “nova política”, em detrimento aos políticos mais conhecidos.

    Ele acredita que no pleito deste ano haverá uma recuperação de espaços de políticos experientes, e ainda alfinetou o governador afastado do Rio, Wilson Witzel – mesmo que de forma indireta.

    “A sociedade em 2018 apostou em renovação e mudanças em pessoas que nunca participaram da política e a gente está vendo aqui no Rio de Janeiro qual foi o resultado. Então acho que teremos agora uma eleição menos radicalizada menos polarizada e menos extremada, e mais focada com os assuntos dos municípios”, disse.

    Maia também citou o presidente Jair Bolsonaro, alçado com ajuda deste movimento de 2018. Para ele, Bolsonaro está voltando ao seu tamanho normal e, por isso, sua influência está diminuindo cada vez mais, especialmente nas capitais do país.

    Vale destacar que a grande maioria dos candidatos a prefeito neste ano apoiados por Bolsonaro não conseguiu avançar nas eleições municipais.