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    Maia diz que pandemia é oportunidade para discutir pobreza e racismo do Brasil

    Em live organizada pelos advogados do Grupo Prerrogativas, presidente da Câmara afirma que o país terá diálogos sobre essa questão

    Larissa Rodrigues, , da CNN, em Brasília

    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou neste sábado (4), de uma live organizada pelos advogados do Grupo Prerrogativas. Os deputados da oposição Orlando Silva (PCdoB-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS) também estiveram no encontro. Quando o assunto levantado pelos demais participantes foi o combate ao racismo estrutural no país, Maia afirmou que a pandemia do novo coronavírus trouxe debates importantes “antes escondidos”.

    “Temos diálogo sobre essas pautas, como o desmonte do aparelho da assistência social. É preciso uma legislação que respeite o direito dos brasileiros e um Estado que invista nas oportunidades iguais. A pandemia vai nos dar oportunidade de sair de pautas econômicas e discutir a questão do racismo e da pobreza em nosso país” afirmou o democrata.

    O presidente da Câmara também disse que, em agosto, a Casa deve voltar a discutir a questão da prisão após a segunda instância.

    “Acho que a discussão dessa matéria tem de ser no parlamento, a pressão no Supremo sobre interpretar de forma diferente a prisão após a segunda instância foi o caminho errado. O que a gente não pode é antecipar o nosso debate por pressão de A ou B, temos de fazer um debate profundo, devemos fazer esse debate em agosto, no rito certo, no local certo e pela forma correta: uma emenda constitucional”, completou.

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    Perguntado sobre o projeto de lei já aprovado pelo Senado que trata de Fake News, Maia voltou a afirmar que irá pautar o assunto na Casa nas próximas semana. “O peso das Fake News no processo democrático é gravíssimo. As plataformas digitais vivem desse radicalismo e não querem esse debate, não querem tem responsabilidade”, afirmou.

    Já o deputado Orlando Silva, cotado para relatar o projeto sobre notícias falsas, disse que é preciso que um texto sobre o tema avance na questão da responsabilização. “Todo projeto penal foi suprimido do texto. Deveria se tipificar penalmente a quem espalha notícias falsas, quem financia, seguir o dinheiro”, completou.

    Ao ser perguntado sobre os pedidos de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que estão na Câmara e só terão prosseguimento caso assim decida, Maia voltou a dizer que prefere não comentar o assunto pois é um juiz na tramitação desses pedidos. “Precisamos ter paciência e equilíbrio, não podemos colocar mais lenha nessa fogueira”, encerrou.

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