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    Para Kim, protesto em Brasília foi antidemocrático; Labre fala em ‘ato legítimo’

    Os deputados federais debateram no 360, da CNN, nesta segunda-feira (4). As acusações de Moro contra o presidente também estiveram em pauta.

    Da CNN, em São Paulo

    A manifestação de apoiadores do governo de Jair Bolsonaro neste domingo (3) em Brasília foi um dos temas abordados pelos deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Marcio Labre (PSL-RJ) no #Debate360 desta segunda-feira (4) na CNN. Para Kim, o ato foi antidemocrático, já que os manifestantes pediam também o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal); Labre avaliou que a defesa do presidente fo “um ato legítimo da população”.

    Segundo Labre, as últimas manifestações são um reflexo da popularidade do presidente Jair Bolsonaro com seu eleitorado.  

    “Estamos vivendo algo que sempre foi o sonho da esquerda, aquele conceito de democracia direta. Graças ao advento e o alcance das redes sociais, Bolsonaro foi conquistando uma relação direta com os eleitores. O que temos hoje é um sentimento de proteção, quem acha o presidente uma pessoa autêntica, essas pessoas se sentem no dever de protegê-lo”, disse o deputado.

    Ainda de acordo com Labre, as manifestações são “espontâneas”.

    “Não tem nada de robô, são espontâneas, as pessoas montam grupos no WhatsApp. Elas vão se indignando e se mobilizam, vão para Brasília e vão defender o presidente. Um fenômeno que a ciência política está tentando estudar. Eu vejo no mínimo como um ato legitimo da população”, afirmou.

    Kim Kataguiri, por sua vez, classificou a manifestação como um ato antidemocrático.

    “Foi tanto manifestação em defesa do presidente, quanto antidemocrática pelo fechamento do STF. Um crime cometido pelo presidente da República, que tomou um chega para lá das Forças Armadas hoje, dizendo que não vão apoiar nenhuma insurreição contra a democracia. Ou seja, os generais colocando o moleque no seu devido lugar”, disse.

    Kataguiri discordou de Labre sobre Bolsonaro adotar uma suposta “democracia direta”. “Ele foi eleito como qualquer presidente foi, aliás, está tendo menos popularidade que a Dilma em seu primeiro mandato. A ciência política não está estudando fenômeno nenhum”, disse o deputado do DEM. 

    Moro x Bolsonaro

    As acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro no sentido de que Bolsonaro queria interferir politicamente na Polícia Federal também foram debatidas pelos dois deputados. 

    “Ele [Moro] marcou um lugar na história do Brasil, se tornou referência e um dos melhores no mundo em investigação de lavagem de dinheiro, mas não quer dizer que em conduta de caráter não haja falhas. Todo o contexto que envolveu a saída dele é o que está deixando os simpatizantes de Bolsonaro magoados. Ele entrega dois prints que não dizem absolutamente nada. São conversas privadas e divulgar isso é, no mínimo, uma cafajestagem.  O Sergio Moro infelizmente não conduziu corretamente a sua saída, ele falhou nisso”, afirmou Marcio Labre. 

    Kim Kataguiri criticou o que avaliou como uma tentativa de Labre de se equilibrar entre apoiadores de Moro e Bolsonaro, e afirmou que o presidente cometeu crimes.

    “Adorei a tentativa patética de preservar o próprio eleitorado, elogiando o Moro e depois falando de cafajestagem. Isto é um cometimento de crime, sim. Convido o deputado a fazer a leitura do Código Penal, não é uma conversa de boteco, não é a forma como ele falou, é exatamente o conteúdo do que ele falou, que é criminoso. Tanto que se não fosse, não haveria suspensão pelo STF e ele não estaria sendo investigado. Apesar de toda sua tentativa de tentar ficar bem com eleitorado do Moro e Bolsonaro, mas você precisa decidir em qual lado está”, disse Kim. “O que sobrou do governo Bolsonaro para defender? Não sobrou ética, nem moralidade”.

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