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    Moro reitera que quer divulgação da íntegra de vídeo da reunião ministerial

    Defesa do ex-ministro afirma que não foram tratados assuntos que envolvem a segurança nacional

    Gabriela Coelho Da CNN, em Brasília

    A defesa do ex-ministro Sergio Moro enviou ao Supremo Tribunal Federal um documento reiterando um pedido para a divulgação integral do conteúdo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, em que o ex-ministro alega provar a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

    O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou, nesta terça-feira (12), que o procurador-Geral da República, o advogado-geral da União e os advogados do ex-ministro Sergio Moro se manifestem, em 48h, sobre o levantamento, total ou parcial que ainda incide sobre a gravação da reunião ministerial.

    Segundo Moro, não há assunto pertinente a Segredo de Estado ou que possa gerar incidente diplomático, muito menos colocar em risco a Segurança Nacional — como alega Bolsonaro.

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    “Não se desconhece que, de fato, existem manifestações potencialmente ofensivas realizadas por alguns ministros presentes ao ato e que, se tornadas públicas, podem gerar constrangimento. De todo modo, esta circunstância não é suficiente para salvaguardar o sigilo de declarações que se constituem em ato próprio da Administração Pública, inclusive por não ter sido levado a efeito em ambiente privado”, diz Moro.

    Moro afirma ainda que a divulgação integral do conteúdo da gravação permitirá verificar que as declarações do Presidente da República foram, sim, direcionadas ao Ministro da Justiça. “Por não ter apoiado a ida do Presidente da República ao ato de 19 de abril, não ter apoiado o Presidente da República em suas manifestações contrárias ao distanciamento social, não ter apoiado as declarações públicas do Presidente da República de minimizar a gravidade da pandemia, não ter concordado com a interferência do Presidente da República na PF do Rio de Janeiro e na Direção-Geral, pelos motivos declinados pelo próprio Presidente da República. Por fim, mostrou-se o Presidente da República insatisfeito com os relatórios de inteligências e informações providenciados pela Polícia Federal”, afirma.