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    Bolsonaro disse a Regina Duarte não querer que ela ficasse ‘desamparada’

    Caio Junqueirada CNN

     

    O Palácio do Planalto vai segurar por pelo menos uma semana em Brasília a secretária de Cultura, Regina Duarte. A ideia é que ela faça a transição para o seu sucessor nos próximos dias, mas principalmente apresente um balanço de sua gestão na semana que vem. Também é preciso aguardar a edição de um decreto que transfira a Cinemateca de São Paulo da Fundaçao Roquette Pinto para a Secretaria da Cultura. 

    Esse foi o acerto definido no café da manhã entre Regina e o Bolsonaro no Palácio da Alvorada nesta manhã. Foi feita a avaliação de que a área de comunicação da secretaria foi falha durante a gestão, motivo pelo qual Regina pediu que pudesse apresentar antes de deixar Brasília um balanço de suas ações. O principal mote será alterações na lei de incentivo a cultura. Ela deve ficar até sexta em Brasília e retornar na próxima terça-feira para fazer esse balanço, e só depois deixar a capital federal por definitivo.

    No encontro, Regina disse que não estava feliz longe de São Paulo e de sua família. O presidente disse que ela havia rompido seu contrato com a Rede Globo e que não queria deixá-la desamparada. Sugeriu então que fosse visto um mapa de possíveis funções na capital paulista para encaixá-la, o que acabou ocorrendo com a Cinemateca, que tem cerca de 50 servidores. 

    Regina deve ser decisiva na transição. O ator Mário Frias, com quem ela mesma se reuniu nesta semana, é o favorito e, na verdade, o único nome até agora ventilado pelo governo. Mas o Planalto ainda pode avaliar alternativas.

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