Randolfe pede para PF investigar ameaças por celular
Segundo senador, seu número de telefone pessoal foi divulgado em grupos de WhatsApp que fazem apoio ao governo de Jair Bolsonaro
O vice presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), denunciou à comissão que vem recebendo ameaças pelo celular. Segundo ele, seu número de telefone pessoal foi divulgado em grupos de WhatsApp que fazem apoio ao governo de Jair Bolsonaro e desde o fim de semana vem recebendo várias mensagens com palavrões e ofensas. Em ofício entregue ao presidente da CPI, Omar Aziz, nesta terça-feira, o senador solicita providências da Polícia Federal ou da Polícia Legislativa do Senado, afim de investigar a origem das mensagens e quem disseminou seu contato em grupos.
O documento traz imagens de mensagens enviadas diretamente à Randolfe, vindos de números de telefone com DDD do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Bahia e do exterior.
“Não tem moral nenhuma para investigar, todos com rabo preso”, afirma uma das manifestações. Outra diz que é para o senador “parar de prejudicar o país, nesta vida tudo tem retorno”. Randolfe, que é senador pelo Amapá, também recebeu mensagens irritadas do Nordeste do país. “Você é uma vergonha para o meu Estado. Adoro Pernambuco, mas tu é uma merda”. Uma das mensagens é assinada com o bordão bolsonarista “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
O parlamentar afirma que as mensagens configuram crime de ameaça e perseguição e cita artigo da lei das CPIs, 1.579/52, que diz que pedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros”.
De acordo com o parlamentar, trata-se de “nefasta tentativa de constranger e intimidar este Parlamentar no mais lídimo exercício das amplitudes de seu mandato, especialmente voltado, nesse momento, à proteção do povo brasileiro no tocante à pandemia de coronavírus que vem nos assolando e devastando nossa população e nossa esperança”.