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    Nos bastidores, RJ evita politizar vacina contra coronavírus

    Interlocutores ouvidos pela CNN interpretaram o movimento de bastidor como alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro

    Leandro Resendeda CNN

    O governo do Rio de Janeiro quer se manter discreto e não quer entrar na guerra aberta entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e governadores de diversos estados em meio à controvérsia sobre a compra da vacina contra Covid-19, produzida pelo Instituto Butantan e pela empresa chinesa Sinovac. A CNN conversou com cinco fontes que acompanham as conversas sobre o tema no estado, e a palavra de ordem é “não politizar”o debate sobre a vacina.  

    O governador Cláudio Castro participou remotamente da reunião com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello ontem, quando foi anunciado o acordo de intenção para compra de doses da Coronavac pelo Ministério da Saúde. Internamente, Castro tem garantido que o estado irá comprar e disponibilizar o imunizante que primeiro for aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e tem sido aconselhado a fortalecer os 92 municípios – que serão os responsáveis pela distribuição da vacina, seja ela qual for. 

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    Nas últimas semanas, integrantes da Secretaria de Saúde do Rio haviam sinalizado que o estado não teria interesse em participar de qualquer teste da Coronavac — a vacina está sendo testada no município de Niterói, em acordo feito com a prefeitura. Interlocutores ouvidos pela CNN interpretaram o movimento de bastidor como alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro, que está em conflito com o governador de São Paulo João Dória e outros governadores do país. 

    A CNN ouviu de uma fonte que acompanha o tema que o “o Rio de Janeiro não precisa da Coronavac”, porque a Fundação Oswaldo Cruz, responsável pela produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela empresa AstraZeneca, está localizada na capital fluminense. 

    O único movimento do Rio para tentar assumir algum protagonismo na discussão sobre a vacina contra coronavírus foram as negociações frustradas com o Instituto de Pesquisa Biológica de Israel, que está na fase III de testagem do imunizante. As conversas emperraram há um mês, como a CNN revelou, em virtude da instabilidade política do estado.