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    Lira avalia tirar municípios da desoneração da folha e compensar com fundo

    O martelo, no entanto, ainda não foi batido, e o relatório segue em negociação; expectativa é de que projeto seja votado na Câmara ainda hoje

    Raquel Landimda CNN , São Paulo

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tenta solucionar o imbróglio sobre a desoneração da folha de pagamentos. O colégio de líderes da Casa negocia retirar os municípios da desoneração da folha de pagamentos.

    Em contrapartida, esse grupo negocia uma PEC para aumentar o Fundo de Participação dos Municípios.

    O martelo, no entanto, ainda não foi batido, e o relatório segue em negociação. O maior risco é que a redução da contribuição previdenciária dos municípios seja declarada inconstitucional.

    A expectativa é de que a prorrogação da desoneração da folha seja votada ainda hoje (30).

    Ontem à noite, os líderes decidiram incluir os municípios sem apresentar nenhuma projeção de perda de arrecadação, nem de compensação.

    O único número hoje disponível foi feito pelo Senado. Ao incluir na desoneração da folha municípios com menos de 142 mil habitantes, os senadores estimaram perda de receitas em R$ 9 bilhões.

    Três propostas circularam entre os líderes. A relatora, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), propôs cinco faixas diferentes de desoneração conforme à população.

    O líder do União Brasil sugeriu que a diferenciação entre os municípios fosse feita pelo critério de PIB percapita, enquanto o líder do PP, André Fufuca, colocou na mesa o critério de IDH para que municípios mais pobres paguem menos.

    Nenhuma das três propostas veio acompanhada de impacto fiscal. Na reunião, Ortiz chegou a questionar Elmar se ele tinha alguma projeção, mas o deputado disse que não, apurou a CNN.

    O Ministério da Fazenda tem resistência a ampliação da desoneração da folha de pagamentos, uma política que já custa caro aos cofres públicos.

    No entanto, os líderes do governo, do PT e o próprio Haddad não fizeram esforço para barrar a proposta.

    “Ninguém consegue votar contra os prefeitos nesse momento de contas complicadas dos municípios”, disse um líder.

    Veja também: Senado analisa projeto que pode aumentar arrecadação em mais de R$ 50 bilhões

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