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    Investigado por corrupção na prefeitura de Crivella trabalha na campanha de Paes

    Marcelo Faulhaber foi um dos 22 alvos de busca e apreensão da investigação de corrupção na prefeitura do Rio de Janeiro

    Leandro Resendeda CNN

    Um dos alvos da operação da Polícia Civil e do Ministério Público que investiga um esquema de corrupção na prefeitura do Rio, e que apreendeu o celular do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), está trabalhando na campanha de Eduardo Paes (DEM). Marcelo Faulhaber foi um dos 22 alvos de busca e apreensão da investigação que apura a existência de um esquema de corrupção na prefeitura do Rio, delatado pelo doleiro Sérgio Mizrahy.

    Faulhaber foi o marqueteiro da campanha que levou Crivella à prefeitura, em 2016. Neste ano, se reaproximou de Eduardo Paes, de quem tinha se afastado nas últimas eleições municipais. De acordo com fontes ouvidas pela CNN, Faulhaber é o responsável pelo desenho do programa de governo do ex-prefeito do Rio e atual candidato ao cargo pelo DEM.

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    A CNN tenta contato com a defesa de Marcello Faulhaber. A campanha de Eduardo Paes foi procurada, mas não se manifestou. A investigação sobre a suposta existência de um QG da Propina na prefeitura do Rio.

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    Foto: Reprodução/CNN

    Foi aberta no início de dezembro pelo MPRJ, com base na delação do doleiro Sérgio Mizrahy. Ele foi preso na Operação Câmbio Desligo, desdobramento da Lava Jato no Rio.

    Em depoimento aos promotores, Mizrahy chama um escritório da prefeitura do Rio de “QG da Propina”. No entanto, o doleiro não soube dizer se o prefeito Marcelo Crivella tem envolvimento com o esquema e se sabia da existência da estrutura montada. Segundo Mizrahy disse em delação, o operador do esquema era Rafael Alves.

    “Rafael não possui cargo na prefeitura, mas tornou-se um dos homens de confiança de Crivella por ajudá-lo a viabilizar a doação de recursos na campanha de 2016.”, explicou o doleiro.

    Após a eleição de Crivella, Rafael conseguiu colocar o irmão como presidente da Riotur e, a partir daí iniciaram a construção do “QG da Propina”.

    Mizrahy explicou aos promotores que o esquema funcionava da seguinte forma: empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município procuravam Rafael e deixavam os cheques com ele. Em troca, o empresário fazia a intermediação do fechamento de contratos do município com essas empresas ou o pagamento de valores devidos pelo município.

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