‘Covas representava transição de gerações do PSDB’, diz vice-governador de SP
Rodrigo Garcia diz que tucano personificava com naturalidade a passagem das gerações que já contribuíram para as que vem no futuro do partido
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que se filiou na semana passada ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (17) que o tucano Bruno Covas, morto neste domingo (16), representava uma transição de gerações dentro do partido.
“O Bruno Covas fazia essa transição com maestria porque ele representava essa transição. Ele vivia a política desde criança na sua casa, com o avô [Mário Covas]. Se preparou para ser um grande político, foi deputado estadual muito jovem, deputado federal, secretário do Meio Ambiente”, relembrou Garcia, em entrevista à CNN.
Para Garcia, Covas “representava com naturalidade essa transição das gerações que já contribuíram para as que vem no futuro, desde sua juventude, no Clube dos Tucaninhos, até agora na prefeitura, o Bruno já pregava essa renovação”.
O vice-governador disse ainda que Covas teve participação na sua decisão de trocar o Democratas – partido ao qual era filiado há 28 anos – pelo PSDB. Dois dias antes de morrer, Covas redigiu uma carta sobre a filiação de Garcia ao PSDB.
“O Bruno teve um papel decisivo na minha filiação ao PSDB. Eu estive com ele na quinta-feira (13) poucas horas antes dele ser sedado pela equipe médica e ter seu quadro de doença agravado e, mesmo nas últimas horas, ele continuou generoso com os amigos”, destacou.
Migração
Ainda sobre sua troca de partido, ele afirmou que a vê como uma migração e não como uma mudança de lado, de território na política.
“Entrei no PSDB para ajudar nessa renovação que foi, de alguma maneira, desbravada pelo governador João Doria quando convidou o Bruno para ser seu vice-prefeito”, disse Garcia.
“Me sinto muito em casa hoje no PSDB. Fui abençoado por esta última carta do Bruno Covas, que chama atenção para que os bons possam estar juntos, para que os moderados possam se juntar, para a gente poder apresentar propostas ao Brasil.”