Governo publica exoneração de Ilona Becskeházy de secretaria do MEC
O ministro da Educação Milton Ribeiro havia antecipado, durante a semana, que faria mudanças na Secretaria de Educação Básica
O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (7) formalizou a exoneração de Ilona Becskeházy do cargo de secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC). No mesmo ato, o ministro-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto também exonerou Maria Fernanda Nogueira Bittencourt do cargo de secretária-executiva adjunta da pasta.
O ministro da Educação Milton Ribeiro havia antecipado em seu Twitter, durante a semana, que faria mudanças na Secretaria de Educação Básica.
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“Convidei para assumir a SEB do MEC a professora doutora Izabel Lima Pessoa, servidora de carreira da Capes com muita experiência em gestão de ensino público. Ela aceitou e será a mais nova componente da nova equipe do MEC”, escreveu o ministro.
“Por oportuno, registro em nome do MEC gratidão à professora Ilona Becskehazy pelo seu trabalho nesses últimos 8 meses. Convidei para permanecer a frente da Secretaria de Alfabetização do MEC o professor Carlos Nadalim. Ele aceitou o convite e agora será o mais novo componente da nova equipe do MEC”, complementou Ribeiro.
A saída de Becskeházy era esperada desde então e a própria secretária postou mensagens de despedida em seu Twitter pessoal.
“Nosso povo está sendo mantido na mais profunda ignorância de forma estrutural, como consequência de decisões que são, muitas vezes, equivocadas, mas que também são, estruturalmente, deliberadas, no sentido de não fazer avançar a educação escolar da população, mesmo quando já se sabe o caminho”, escreveu em uma das postagens. Ela desejou a equipes do MEC “muita coragem para fazer o que tem que ser feito”.
Então ocupando um dos principais cargos do ministério, em julho Becskeházy foi um nome cotado para assumir a pasta após a saída de Abraham Weintraub.
A ex-secretária é doutora em política educacional e reconhecida no setor por seus mais de 20 anos dedicados à área. Segundo o analista da CNN Daniel Adjuto, Becskeházy enfrentou desconfiança do governo na época por ter atuado como diretora-executiva da Fundação Lemann entre 2001 e 2011, grupo que foi criticado diversas vezes pelo ex-ministro Abraham Weintraub.
Atuante nas redes sociais, a ex-secretária em diversas ocasiões defendeu posições de Olavo de Carvalho e se colocou como “contrária à aplicação da ideologia de gênero em sala de aula”. A educadora apoiou, no cargo, políticas de alfabetização capitaneadas pelo secretário Carlos Nadalim.