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    Hacker Walter Delgatti Neto aposta em delação premiada via CPMI, dizem fontes

    Não existe, no entanto, precedente no Brasil para delação premiada com CPMI

    Raquel Landim

    O hacker Walter Delgatti Neto aposta numa delação premiada com a CPMI do 8 de janeiro para escapar da cadeia. Segundo apurou a CNN, essa é praticamente a última esperança do hacker, já que a Polícia Federal rechaçou qualquer colaboração com redução de pena por falta de provas documentais.

    Não existe, no entanto, precedente no Brasil para delação premiada com CPMI.

    O instrumento geralmente é utilizado com o Ministério Público ou com a Polícia Federal. A advocacia do Senado deu um parecer favorável à negociação de delação com a CPMI, mas ainda não é certo que ocorra.

    Delgatti está preso desde 2 de agosto acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

    Ele também foi condenado recentemente há 20 anos de cadeia por invadir os celulares de procuradores e do ex-juiz Sergio Moro na Vaza Jato. O hacker, no entanto, ainda responde esse processo em “liberdade” e vai recorrer.

    No caso da invasão do sistema do CNJ, a defesa de Delgatti entrou com um pedido de habeas corpus, mas o STF pediu uma manifestação da PGR. Ele segue, portanto, preso em Araraquara.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou na segunda-feira (28) como uma queixa-crime contra Delgatti acusando-o de calúnia por ter dito na CPMI que o ex-presidente pediu a ele para assumir um grampo do celular de Moraes.

    O advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, disse que essa denúncia veio à tona há mais de seis meses em reportagem da revista Veja e que o prazo para Bolsonaro entrar com a reclamação já prescreveu.

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