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    Pantanal atinge maior taxa histórica de queimadas em 2020

    Quando comparado com janeiro a setembro de 2019, 2020 já apresenta crescimento de 95%

    Giovanna Bronze, da CNN em São Paulo

    Até o dia 13 de setembro, o Pantanal acumulou 14.764 pontos de queimadas registrados. O total de 2020, até o momento, é a maior taxa histórica registrada no bioma, superando o contabilizado ao longo dos anos desde 1998.

    As informações sobre as queimadas e pontos de incêndio são detectadas pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram atualizados até esta segunda-feira (14/09).

    Segundo a professora Viviane Layme, do Instituto de Biociências da UFMT, a área corresponde a quase 15% do bioma. Segundo ela, em 8 meses de 2020, a área queimada no Pantanal equivale a mesma destruição em 6 anos.

    Quando comparado com janeiro a setembro de 2019, 2020 já apresenta crescimento de 95% (94,62%). Em relação a 2005, ano que registrou a maior taxa histórica até então (12.536), o aumento em 2020 é de 17,77%. 

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    Foto: Jorge Salomão Júnior/BBC

    Somente em setembro, o Inpe registrou 4.611 focos de incêndio no Pantanal. Ao comparar setembro deste ano com o mesmo período do ano passado, até 13 de setembro de 2019 foram registrados 1.534, enquanto em 2020 o total é 4.611 – o aumento é de 200%, o que representa mais de 3 vezes o total atual. 

    O Pantanal está presente nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que também apresentam altas taxas de queimadas até o momento:  Inpe detectou o total de 32.230 focos de incêndio ativos no Mato Grosso e 7.493 no MS.

    O Mato Grosso é, inclusive, o estado brasileiro que mais acumula queimadas entre as regiões administrativas do país. Até 13 de setembro, foram contabilizados 12.624 pontos de incêndio no estado, número 21% maior do que o registrado em agosto (10.430).

    De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso, o total da área queimada no Pantanal  é 1.551.000 mil hectares. É o equivalente a 10 vezes a cidade de São Paulo e 31 vezes a cidade de Porto Alegre.

    Já no Mato Grosso do Sul, o total de área atingida pelas queimadas nos biomas tanto do Pantanal, quanto Mata Atlântica e Cerrado, chega a 1.450.000 hectares.

     

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