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    Bombeiros controlam incêndio causado por suspeito de tentar fraudar seguro

    Investigação aponta que homem ateou fogo no próprio carro para receber prêmio de seguradora

    Incêndio atingiu 360 hectares da Reserva Biológica de Araras (RJ)
    Incêndio atingiu 360 hectares da Reserva Biológica de Araras (RJ) Foto: Divulgação/Polícia Civil

    Jairo Nascimento Da CNN, no Rio de Janeiro

    O Corpo de Bombeiros nas cidades de Petrópolis e Itaipava, na região serrana do Rio de Janeiro, apagou um incêndio que atingiu duas Áreas de Proteção Ambiental: a Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras) e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

    Os militares seguem atuando nas localidades, realizando o trabalho de rescaldo, para impedir o retorno do fogo, que começou na madrugada de segunda-feira. A Polícia Civil prendeu um acusado de começar o incêndio em uma tentativa de fraude.

    O fogo foi controlado nesta quarta-feira (29) após três dias de trabalhos de uma força-tarefa formada por 100 militares, agentes parceiros, aeronaves, viaturas e drones segundo o Corpo de Bombeiros. As chamas que se espalharam por mais de 3,6 milhões de metros quadrados de floresta Atlântica. 

    De acordo com o delegado João Valentim Neto, da 106° DP em Itaipava, um homem, que teve a identidade preservada, procurou a delegacia para denunciar o roubo de seu carro e os policiais desconfiaram da versão apresentada.

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    Entretanto, as investigações apontaram que, no domingo (26), ele comprou gasolina em um posto na cidade próxima de Três Rios e ateou fogo no veículo com a intenção de reclamar o prêmio do seguro veicular. Horas depois, ele procurou as autoridades e o incêndio ficou descontrolado. A polícia localizou a carcaça do carro, ouviu testemunhas e colheu imagens da ação do acusado.

     “O suspeito foi autuado pelo incêndio, bem como pelo crime de estelionato tentado, e pode pegar até 15 anos de prisão pelos atos praticados”, explicou o delegado. O homem foi preso em flagrante e foi ouvido em uma audiência de custódia nesta quarta, quando o juiz Antônio Luiz da Fonseca Luchese converteu a prisão em flagrante do suspeito em preventiva. 

    De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o magistrado afirmou na decisão que o suspeito teria apresentado diversas versões na delegacia quando registrou o roubo do seu veículo, fato que despertou desconfiança entre os policiais. A partir disso, constataram que o indiciado comprou combustível numa garrafa pet, o que indicaria que já estaria arquitetando o suposto ‘golpe do seguro’. 

    “A defesa do acusado pleiteou a nulidade do procedimento em razão do indiciado pertencer ao grupo de risco para contrair Covid-19 em função de apresentar vários problemas de saúde. Mas não obteve êxito já que os laudos apresentados não comprovam tais afirmações por estarem desatualizados.  O acusado está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio”, relata o TJ-RJ, em nota.