O que ainda precisa mudar para o fim do uso de máscara ser seguro no Brasil
Mesmo com mais da metade da população adulta completamente vacinada, os Estados Unidos acabaram indiretamente criticados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no mês passado por liberarem quem já está imunizado do uso de máscaras em locais abertos. A OMS lembrou que, para além da vacinação, é preciso estar atento aos índices de transmissão da doença antes de dispensar o item de proteção. Em um país como o Brasil, que ainda registra uma média móvel de mortes próxima de 2.000 por dia e imunizou pouco mais de 11% da população, a discussão sobre o fim do uso de máscara ainda soa distante. Ou ao menos deveria ser, segundo especialistas.
Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira recebe a pesquisadora em saúde coletiva Beatriz Klimeck, que durante a pandemia contribuiu com a divulgação científica sobre a importância do uso de máscaras. Klimeck analisa a liberação do uso de máscaras em países que avançaram na vacinação, como Estados Unidos e Israel, e comenta os desafios da fiscalização quando essa dispensa vale apenas para quem já está imunizado. A especialista também comenta os riscos de transmissão do vírus de uma pessoa que já está vacinada para outras que ainda não estão. Ao longo do episódio, o epidemiologista Wanderson Oliveira, ex-secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, também avalia os prejuízos de uma possível liberação precipitada do uso de máscaras e o que ainda precisa mudar para a dispensa do acessório ser segura no Brasil.
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