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    ‘Feriadão’ pode trazer caos para Região dos Lagos, diz prefeito de Búzios (RJ)

    Prefeitos da região se preocupam com o aumento de turistas devido ao fechamento da orla da capital carioca; hospitais já estão sobrecarregados

    Paula Martini, , da CNN, no Rio de Janeiro

    Os prefeitos da Região dos Lagos veem com preocupação com a proposta de ser decretado um feriado prolongado no estado do Rio de Janeiro entre os dias 26 de março e 4 de abril. De acordo com o prefeito de Búzios, Alexandre Martins, o principal temor é a migração de turistas e donos de casas de veraneio para a região, sobrecarregando o sistema de saúde.

    Segundo Martins, o número de visitantes já aumentou no último fim de semana, quando as areias ficaram proibidas na cidade do Rio. Para o prefeito, não adianta decretar um feriado de dez dias sem adotar outras medidas para restringir a circulação de pessoas.  

    “Você não pode melhorar de um lado do estado e prejudicar de outro. Acho que deveria ser incentivado o home office e o rodízio de atividades. Para fazer uma feriadão é preciso outras ações, como a proibição de ônibus intermunicipais e também pensar em fechar muita coisa, como as praias”, afirmou à CNN

    Martins diz que é contra um fechamento ‘radical’ das praias e considera ‘inviável’ fechar totalmente a orla com a proibição de esportes e atividades físicas. Os prefeitos de Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Iguaba, São Pedro da Aldeia e Casimiro de Abreu se reuniram com Castro nesse domingo (21). Eles pediram que o governador abra leitos em hospitais dos municípios e reconsidere adotar o feriado prolongado.

    “A região está em pane, com internações crescentes. Em Búzios, nós estamos controlados mas recebemos muita gente de fora e outros municípios estão em situação muito complicada. Precisamos de mais leitos, principalmente em Cabo Frio. O feriadão vai complicar porque quem tem casa vem para cá de qualquer forma”, disse o prefeito.

    A proposta do governador prevê a antecipação dos feriados de abril: Tiradentes (de 21 de abril para 28 de março), São Jorge (de 23 de abril para 30 de março), e a criação de outros feriados emendando o fim de semana com a Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa (4 de abril). Nesse período, as atividades econômicas devem ter funcionamento escalonado: o comércio, das 8h às 17h, serviços, das 12h às 20h, e bares e restaurantes poderão funcionar até às 21h.  A rede hoteleira funcionará com até 30% da capacidade. Shoppings centers e centros comerciais funcionariam com 50% da capacidade até o dia 26. Depois, cairia para 30% até 4 de abril. Continuariam valendo as restrições de permanência em vias públicas, das 23h às 5h. Já o fechamento de praias e a realização de feiras ficaria a critério dos municípios. A medida ainda não foi publicada e precisa passar pela Assembleia Legislativa do estado.

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