Presidente da Câmara dos Estados Unidos começa a articular impeachment de Joe Biden
Investigações envolvendo o filho do presidente estão entre as principais alegações da oposição
Com o apoio de parlamentares do Partido Republicano, seu partido, o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, começou a traçar estratégias para avançar com um inquérito de impeachment do presidente Joe Biden, democrata.
Fontes do partido relatam que McCarthy espera iniciar esse processo até o final de setembro.
O líder da Câmara também ameaçou publicamente dar continuidade ao caso se as alegações de denunciantes da Receita Federal Americana se mantiverem e a administração Biden não cooperar com os pedidos relacionados à investigação contra Hunter Biden, filho do presidente.
Os republicanos apontam que Biden lucrou com negócios do seu filho, além de intervir politicamente no Departamento de Justiça. Os argumentos não foram provados.
O procurador-geral, Merrick Garland, e funcionários do Departamento de Justiça também recusaram as alegações.
Divisão
A liderança, no entanto, reconhece que a Câmara não está convencida da ideia do impeachment. Neste momento, os republicanos discutem se devem realizar uma votação em plenário para autorizar o início do processo.
Apesar desses votos não serem obrigatórios, a oposição não possui os 218 votos necessários para a abertura do processo.
Para os mais moderados e membros mais vulneráveis do partido, seria difícil ignorar a votação e isso poderia ajudar o início ao processo, já que daria mais tempo para aumentar a adesão à investigação.
No recesso de agosto, a oposição realizou teleconferências na tentativa de aproximar os deputados do tema.
O deputado republicano da Flórida, Matt Gaetz, que apoia o impeachment de Biden, ressaltou essa possibilidade: “Não acredito que seja necessária uma votação na Câmara para abrir um inquérito de impeachment”.
Numa declaração na segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, Ian Sams, criticou os republicanos no Congresso sobre a perspectiva de um inquérito de impeachment, escrevendo: “Este exercício de impeachment infundado seria um desastre para os republicanos no Congresso”.
*Com informações da CNN Internacional