Diretor de ala da Mocidade Independente denuncia racismo em supermercado no RJ
Coreógrafo disse que foi perseguido por todo o estabelecimento e que um gerente tentou olhar a bolsa que carregava
O diretor da ala de passistas da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, George Louzada, afirmou ter sofrido racismo em um supermercado na Zona Norte do Rio na quinta-feira (13).
Em seu perfil em uma rede social, o coreógrafo disse que foi perseguido por todo o estabelecimento e que um gerente tentou olhar a bolsa que carregava para ver o que estava levando.
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“O gerente, um senhor branco, me seguiu por todo o mercado, parando em locais estratégicos para olhar o que eu estava pegando e pediu ao segurança para me seguir.” Relatou Louzada.
Ainda segundo o diretor, o ato de racismo aconteceu no estabelecimento em frente à sua casa e que costuma frequentar quase que diariamente. Ao final das compras, ele afirmou que pegou a nota fiscal e foi questionar as atitudes do gerente. “Parei o mercado porque racismo e preconceito têm que ser expostos.”
O supermercado, em nota oficial, repudiou qualquer forma de racismo e preconceito. De acordo com a rede, todos os funcionários são informados sobre o código de ética da empresa. “Sabemos que um pedido de desculpas não basta, por isso já estamos tomando as devidas providências legais. Também nos colocamos a disposição do George para o que for necessário.”
O Rio de Janeiro presenciou o segundo caso de racismo em uma semana. O primeiro aconteceu na última quinta-feira (6) quando dois homens renderam e ameaçaram o entregador Matheus Fernandes, que foi até um shopping na Ilha do Governador (zona norte do Rio) para trocar o relógio que havia comprado de presente do dia dos Pais. O jovem afirmou que os agressores não deram chance de ele mostrar a nota fiscal da compra.