Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Witzel exonera presidente do Ipem após servidores serem presos por extorsão

    Machado Santos ficou apenas dois meses no cargo, e deixa a autarquia após um escândalo no órgão que comandava

    Stéfano Salles, da CNN, no Rio 

    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que enfrenta um processo de impeachment na Alerj, exonerou o presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (Ipem), Luís Machado dos Santos, em edição extra do Diário Oficial do estado.

    Machado Santos ficou apenas dois meses no cargo, e deixa a autarquia após um escândalo no órgão que comandava. No mesmo ato, foi exonerado também o chefe de gabinete Fabio Mathias Bullos. Ainda não foi definido um substituto para a função. 

    Na última sexta-feira, oito fiscais do órgão foram presos em flagrante, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, acusados de extorquir dinheiro de empresários e comerciantes, passando-se por policiais. O caso foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM). 

    Leia também:

    Defesa de Witzel apresenta novo recurso contra o impeachment no TJ-RJ
    Novo articulador de Witzel diz que sua missão não é salvá-lo de impeachment

    De acordo com a Polícia Civil, os criminosos cobravam taxas para que as vítimas não fossem presas por irregularidades em seus estabelecimentos. Com os criminosos, foram apreendidos R$ 4 mil.  Eles foram autuados por formação de quadrilha, extorsão e corrupção. 

    Machado assumiu a função após a saída do ex-deputado federal Alexandre Valle, que se desincompatibilizou do cargo para concorrer à Prefeitura de Itaguaí, cidade da Região Metropolitana do Rio.

    Com a saída de Valle, nos bastidores da Alerj, a nomeação de Machado Santos foi tratada como parte de uma articulação do governador para tentar barrar o impeachment na casa. Ele seria indicado pelo deputado estadual Renato Zaca. 

    Hoje no Solidariedade, partido do relator da Comissão Especial do Impeachment, dissolvida por decisão do STF, Rodrigo Bacellar, Zaca se elegeu em 2018 pelo PSL. Embora tenha saído do partido, ele é bem avaliado pela ala bolsonarista de sua antiga legenda, dona da maior bancada da Alerj, com nove deputados. Assim, era visto como um possível articulador para tentar garantir alguns desses votos em plenário para o governador na votação do impeachment.

    Tópicos