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    Após operação da PF, Witzel convoca secretários para reunião

    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) vai se reunir com seus secretários às 14h no Palácio Guanabara

    Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel: após operação da PF, ele convocou secretários para reunião 
    Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel: após operação da PF, ele convocou secretários para reunião  Foto: Adriano Machado - 08.mai.2019/Reuters

    Thayana Araújo da CNN, no Rio de Janeiro

    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), vai se reunir com seus secretários às 14h no Palácio Guanabara, sede do Executivo estadual. Witzel é alvo da Operação Placebo, que apura desvios na saúde pública do Rio em negociações de emergência durante a pandemia do novo coronavírus. 

    Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo. Equipes da instituição estiveram no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do estado, e na casa onde ele morava antes de ser eleito, no bairro Grajaú.

    Os agentes da PF também foram ao endereço onde fica o escritório em que Helena Witzel, primeira-dama do estado, e na casa do ex-subsecretário de saúde, Gabriell Neves, no Leblon, zona sul da capital fluminense.

    A casa do ex-secretário estadual de Saúde do Rio Edmar Santos, em Botafogo, na zona sul da capital, também foi alvo da operação. Santos foi exonerado pelo governador no dia 17 de maio após atrasos e denúncias envolvendo obras de hospitais de campanha construídos para reforçar a rede de saúde durante a pandemia de Covid-19.

    Mais cedo, ainda na madrugada, os policiais estiveram no Aeroporto Internacional do Galeão onde uma equipe da Polícia Federal de Brasília desembarcou pouco depois de 5h30.

    De acordo com a colunista Basília Rodrigues, Witzel foi alertado na semana passada por pessoas próximas de que seria alvo de operação da PF nos desdobramentos das investigações no estado – incluindo a possibilidade de ser preso –, mas ele não sabia a data dessa operação.

    Auxiliares do governador afirmaram que ele ficou surpreso aos ser acordado, por volta das 6h, por agentes da PF.

    Em nota, Witzel negou qualquer tipo de participação em irregularidades nas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal e acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de oficializar a interferência na PF. Na véspera da operação, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que operações da PF em breve teriam governadores como alvo. Em entrevista à CNN nesta (26), a deputada negou que houve vazamento.

    “Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”, afirmou Witzel.

    “A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”, concluiu o governador do Rio de Janeiro.