Conexão CNN: A judicialização do Plano Nacional de Imunização
Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, deu o prazo de 48 horas para o governo informar o início de vacinação
No quadro Conexão CNN desta segunda-feira (14), na CNN Rádio, Thais Arbex, Iuri Pitta e Leandro Resende falaram sobre a apresentação do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e o prazo de 48 horas dado nesse domingo (13) pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o governo informar o início de vacinação.
Arbex lembrou como o PNI foi parar no STF e disse que o fato de ele ser apresentado sem uma data foi motivo de críticas de alas do Supremo e governadores. “A avaliação é a de que essa falta de prazo deixava uma margem muito grande”, afirmou.
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Ela destacou que uma ala do Ministério da Saúde defende que “não há como apresentar um cronograma das vacinas sem que haja um registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], o que até agora não aconteceu”.
Pitta ressaltou que essa discussão deve se arrastar por mais um tempo. “O grande problema desse imbróglio todo é que a Anvisa tem demostrado essa postura técnica, mas também com uma sombra de politização”, disse ele, citando “discursos que vão e vêm”.
“Esse é um problema muito grande. Em uma situação como essa, a falta de um discurso claro e único por parte do governo federal e dos órgãos do governo federal em relação à vacinação”, afirmou Pitta. “Tudo isso vai criando um clima de confusão, ao contrário do que a gente percebe em outros países em que a vacinação já está sendo iniciada, ou pelo menos tem uma data concreta para começar.”
Resende comentou a judicialização do assunto e o atraso que isso pode causar no processo de vacinação, além da forma com que este tema foi tratado no PNI. “São demonstrações que colocam a vacina em um lugar de muito peso. Realmente, sem a vacina a gente não vai conseguir sair da pandemia.”