Depoimentos de Pazuello e Araújo tornam difícil semana para governo na CPI
Ex-ministros da Saúde e das Relações Exteriores prestarão esclarecimentos na comissão que apura 'ações e omissões' do governo federal na pandemia
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Depois de dias intensos de depoimentos, a CPI da Pandemia promete entrar na pior semana para o Palácio do Planalto. Na próxima semana, serão ouvidos o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que conseguiu na Justiça o direito de ficar calado se quiser e não se autoincriminar.
Pazuello será acompanhado de um advogado e buscou na Justiça uma garantia de que não sairá preso da Comissão caso não queira responder a algumas perguntas, aumentando a temperatura.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mostra que o governo está sentindo que seus articuladores e bases de defesa não surtiram efeito na CPI. A cada fala, o presidente tenta atenuar os efeitos da CPI da Pandemia e as respostas das últimas pesquisas de opinião, que colocam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mais vantagem numa eventual disputa pela presidência nas próximas eleições.
![Senadores durante sessão da CPI da Pandemia nesta terça-feira (11) Senadores durante sessão da CPI da Pandemia nesta terça-feira (11)](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/06/36871_A31DF6E9F6C4685E-1.jpeg)
Pressionado, o presidente volta o discurso ao grupo mais radical de apoiadores: volta a defender a cloroquina, acena para os evangélicos – base importante de apoio ao presidente até aqui – ao dizer que indicará um “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF) e volta a cogitar o voto impresso.