Bancada da bala pede para Bolsonaro criar Ministério da Segurança até julho
Para que a ideia saia do papel, o presidente Jair Bolsonaro assinaria uma medida provisória
A pandemia e a expectativa de novos conflitos de rua, a exemplo dos que ocorreram neste domingo, são apontados por parlamentares como motivo para o governo criar até julho um ministério que cuide apenas de Segurança Pública. Atualmente, essa área está dentro do Ministério da Justiça. Para que a ideia saia do papel, o presidente Jair Bolsonaro assinaria uma medida provisória.
Parlamentares da bancada da bala desembarcam em Brasília nesta semana para conversar com o presidente sobre a nova pasta.
O argumento é de que um ministério específico traçaria estratégias para evitar uma nova crise, a da segurança pública, no combate a crimes como roubos e a organização de facções. “Por causa do coronavírus, a gente está vendo chegar uma crise econômica. E sempre que tem problemas econômicos, há reflexo na área da segurança e a gente está esperando que ocorra uma crise na segurança pública em outubro. Estamos pedindo a recriação. É uma bandeira nossa. Dos três grandes problemas no Brasil, a Educação e Saúde, têm seus ministérios. E a Segurança Pública não”, afirmou o presidente da comissão de Segurança Pública na Câmara dos Deputados, Capitão Augusto, à coluna para CNN.
De acordo com o parlamentar, Bolsonaro já sinalizou não ser contrário à ideia. Para contornar a falta de recursos, defensores da nova pasta propõem elevar a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) ao status de Ministério também. Os parlamentares contabilizam 131 cargos, além da cadeira principal. Seria o 23* ministro da gestão Bolsonaro.
Atualmente, o ministro de Justiça e Segurança Pública é André Mendonça. Ele substituiu Sérgio Moro, que não concordava com uma eventual divisão da pasta.
A bancada da bala quer o ex-deputado federal Alberto Fraga no comando da pasta, para que demandas das polícias estaduais tenham destaque. Já o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres do Distrito Federal, que é delegado da Polícia Federal, é cotado por outros entusiastas da ideia.
No encontro com o presidente, previsto para esses próximos dias, estarão, além de Augusto, os deputados federais Capital Wagner, Capitão Alberto Neto, Sargento Faur e um representante das associações de polícias militares do país.
