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    Conselho do MP pode analisar hoje pedido de Lula contra Dallagnol

    Defesa alega que houve desvio funcional na denúncia e pede que o CNMP determine que eles se abstenham de fazer comentários políticos utilizando estrutura do MP

    Teo Cury, da CNN, em Brasília

    Os integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) vão discutir na tarde desta terça-feira (18) a possibilidade de iniciar ainda hoje o julgamento de um pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Deltan Dallagnol e outros dois procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

    O pedido de providências apresentado pela defesa de Lula ao CNMP em setembro de 2016 mira o coordenador da Lava Jato no Paraná e os procuradores Roberson Pozzobon e Júlio Carlos Motta Noronha, que denunciaram o ex-presidente em 2016.

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    A defesa alega que houve desvio funcional na denúncia e pede que o CNMP determine que eles se abstenham de fazer comentários políticos utilizando a estrutura e os recursos do Ministério Público Federal (MPF). Os advogados questionam o uso do famoso “Powerpoint” utilizado pela força-tarefa ao acusar Lula de ser líder de uma organização criminosa.

    Há 86 itens na pauta de hoje do CNMP e 33 sustentações orais de advogados que se inscreveram para defender clientes que respondem a processos no órgão. O regimento do CNMP prevê que processos administrativos disciplinares têm preferência na ordem de julgamento em relação aos demais.

    O relator do pedido feito por Lula é o conselheiro Marcelo Weitzel, representante do Ministério Público Militar no órgão. No início da sessão, ele pediu preferência para que o conselho julgue ainda hoje o caso, que está na pauta de votações desde 2018, tendo sempre sido retirado de pauta ou adiado desde então.

    Ordem da pauta

    O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que preside a sessão, disse que a intenção é que, após o intervalo de almoço, seja realizada uma votação de inversão de ordem da pauta.

    “Na parte da tarde, no início da sessão, nós redesenharemos a pauta tentando atender as preferências que os relatores tenham conforme o desempenho que tenhamos nesta manhã com os casos em pauta”, afirmou. 

    Jacques, que comanda a sessão nas ausências do procurador-geral da República, Augusto Aras, antecipou que os processos que não forem analisados hoje podem ficar para a próxima sessão, que acontece na terça-feira, dia 25 de agosto.

    “A nossa pauta está suficientemente lotada. Temos apenas e tão somente 33 sustentações orais. Se cada um levar dez minutos o dia não será suficiente. Então é certo que processos de hoje ficarão para a próxima terça”, afirmou.

    À CNN, o advogado Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa de Lula, disse que “causará perplexidade se não julgarem hoje, após 40 adiamentos e às vesperas da prescrição total”. O pedido, segundo ele, prescreve em 14 de setembro.