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    Capitais têm panelaço contra Bolsonaro após demissão de Moro

    Presidente fez pronunciamento na tarde desta sexta-feira (24) para explicar a saída do ministro da Justiça e Segurança Pública

    Da CNN, em São Paulo

     
     

    Capitais brasileiras registraram panelaços nesta sexta-feira (24), durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, no fim da tarde.

    Pela manhã, quando Moro anunciou que estava pedindo demissão, também houve panelaços. 

    A cidade de São Paulo teve manifestações nas janelas dos prédios e buzinaço nas ruas em bairros como Pinheiros, Vila Mariana, Jardins, Mooca, Vila Prudente, Moema, Liberdade e outras regiões. 

    Demais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Florianópolis, Belém, Goiânia e Brasília, também tiveram protestos contra Bolsonaro.

    Os panelaços têm sido uma forma de protesto comum durante pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro. 

    O protesto estendeu-se para as redes sociais, com as hashtags #ForaBolsonaro e #ImpeachmentdoBolsonaroURGENTE no topo dos assuntos mais comentados do Twitter. Os termos #FechadoComBolsonaro e #TchauQuerido também ganharam força. 

    Demissão

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (24) horas depois de o presidente Jair Bolsonaro publicar no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Mauricio Valeixo.

     “Pra mim, esse ultimo ato [a exoneração de Valeixo] é uma sinalização que o presidente me quer realmente fora do cargo. Essa precipitação na exoneração, não vejo muita justificativa”, disse Moro.

    “A exoneração, fiquei sabendo pelo DOU. Não assinei esse decreto. Em nenhum momento isso me foi trazido, em nenhum momento o diretor da PF apresentou um pedido formal de exoneração”, afirmou. “Eu fui surpreendido, achei que isso foi ofensivo.” O Diário Oficial trouxe a informação que a exoneração havia sido feito “a pedido” do ex-diretor-geral da PF, o que, de acordo com Moro, não é verdade.

    Moro afirmou que vê a troca no comando da PF com muita preocupação por considerar tratar-se de uma interferência política do presidente. Ele afirmou também que Bolsonaro, em mais de uma ocasião, expressou que queria um diretor na instituição que fosse da confiança dele.

    Bolsonaro faz pronunciamento após saída de Moro

    O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (24) que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, condicionou uma troca no comando da Polícia Federal a uma indicação para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No segundo semestre, o decano da corte, ministro Celso de Mello, será aposentado compulsoriamente por idade.

     “Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: Você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que você me indicar para o Supremo Tribunal Federal”, afirmou o presidente, em referência a Mauricio Valeixo, que foi exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Federal pela manhã.

     

     

     

     

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