Embora os fatos sejam graves, prisão preventiva não se justifica, diz professor
Advogado criminalista analisa mandado de prisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella
O advogado criminalista e professor da FGV-SP, Celso Vilardi, diz que as acusações contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), são “seríssimas” e que o conjunto de provas reunido pelo Ministério Público fluminense é “muito forte”. Porém, ele ressalta que, do ponto de vista jurídico, “para fins de decretação da prisão preventiva, a decisão realmente não me parece perfeita”.
“Acho que a gestão do prefeito está para terminar em praticamente uma semana e não se justificaria uma prisão preventiva, embora os fatos sejam gravíssimos”, disse à CNN.
Isso porque, segundo o docente, do ponto de vista jurídico, a prisão preventiva deve ser decretada em três situações: “Quando há risco de fuga, que não é o caso, quando há risco de algum tipo de destruição de prova, o que a decisão não traz nenhuma questão relacionada ao prefeito, ou para proteção da ordem pública”, explicou.
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Marcelo Crivella foi preso na manhã desta terça-feira (22) em ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A prisão é um desdobramento da Operação Hades, que investiga um suposto ‘QG da Propina’ na Prefeitura do Rio.
Além de Crivella, também foram presos o empresário Rafael Alves (suspeito de ser o chefe do esquema de propinas e irmão de Marcelo Alves, ex-presidente da RioTur), Mauro Macedo (ex -tesoureiro da campanha de Crivella) e o ex-vereador Fernando Moraes.
(Publicado por Leandro Nomura)