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    Para Marcelo Freixo e Eduardo Gomes, declarações de Moro devem ser investigadas

    Deputados falaram sobre o depoimento do ex-ministro revelado com exclusividade pela CNN

    Da CNN, em São Paulo

     

    O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e o líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), falaram nesta terça-feira (5) para a CNN sobre o depoimento do ex-ministro Sergio Moro à Polícia Federal ao qual a CNN teve acesso na íntegra

    Para Freixo, há dois pontos que devem ser destacados. O primeiro diz respeito à questão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter acesso a relatórios de inteligência. O segundo é o fato de o presidente, conforme revelou o ex-ministro Sergio Moro, ter dito que o ex-ministro tinha 27 superintendências, e que queria “apenas uma, a do Rio de Janeiro”.

    “Isso é muito grave porque abre um debate sobre o interesse do presidente querer a superintendência do Rio. Por que o presidente tem que querer uma superintendência exatamente de onde ele é?  E uma superintendência que investiga crimes de milícias? Esse é um ponto”, disse.

    O deputado falou ainda sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.

    “O presidente ter falado de novo da Marielle é muito assustador. Não sei porque o presidente tem tanto medo dessa investigação”, disse. “Essa não é uma investigação feita pela Polícia Federal. É feita pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Se ele não conheceu a Marielle, que eu acho que ele mente quando diz isso, seus filhos Flavio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro conheceram bem”, continuou. 

    Eduardo Gomes, por sua vez, disse acreditar que a solicitação da liberação do conteúdo do depoimento por parte da defesa do ex-ministro Sergio Moro tinha uma “estratégia tática”, e que as declarações devem entrar “no rito da lei, nas apurações dos fatos, nas verdades de quem depõe”.

    Além disso, segundo ele, no Congresso Nacional “há um clima para direcionar todos os esforços” para a pauta deste momento, que é a votação do auxílio a estados e municípios.

    “Tenho certeza absoluta de que o presidente sabe exatamente o que deve ser prioridade no governo”, disse. “Esse episódio agora entra na esfera da Justiça, que deve ser apurado com rigor e deixar de influenciar diretamente a vida das pessoas que precisam tocar o país”, afirmou.

    Sobre a convocação de três ministros do governo Bolsonaro para prestarem depoimentos na investigação a respeito das acusações de Sergio Moro contra o presidente, Freixo disse que “tem que acontecer”.

    “É muito grave o presidente querer mexer na superintendência da Polícia Federal onde seus aliados são investigados por um crime de máfia, que é a milícia. E se tem ministros e palacianos, sendo chamados para prestarem esclarecimentos, é porque há esclarecimentos a serem feitos”.

    Além disso, para Freixo, Bolsonaro tem produzido “crise atrás de crise e não tem respeitado a vida do brasileiro” e que “deveria estar governando e dialogando com os governadores”.

    Já Gomes disse que tem tranquilidade ao afirmar que os três ministros farão o que a Justiça determinar. “São ministros que estão responsáveis hoje pelo equilíbrio e combate direto na ajuda aos estados e municípios em todo o país”. 

     

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