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    Aliados de Renan Calheiros montam ‘mapa da guerra’ para CPI da Covid-19

    Aliados de Renan Calheiros já o aconselharam a convocar um ou dois auditores do TCU para auxiliar a análise dos dados das investigações

    Da CNN, em São Paulo

    Apesar de ainda não ter sido confirmado oficialmente como o relator da CPI da Covid-19, nos corredores do Congresso o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL) já está praticamente fechado no posto e seus aliados já começaram a montar as estratégias para conduzir a comissão. As informações são da âncora e analista da CNN Daniela Lima.

    Aliados de Renan Calheiros o aconselharam a convocar um ou dois auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) para auxiliar a análise dos dados das investigações, como é de praxe em CPIs. 

    Auditores do TCU já indicaram que querem abrir processos em dois casos específicos contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por conta da crise de oxigênio em Manaus, a falta de campanha de conscientização contra a Covid 19 e pelo investimento em medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada contra o novo coronavírus.

    Renan também vai requisitar as investigações em andamento no Ministério Público Federal do Amazonas contra Pazuello. O inquérito, que corre na Justiça de primeira instância, investiga a gestão do governo federal durante a crise da falta de oxigênio em Manaus.

    O senador Renan Calheiros (MDB-AL)
    O senador Renan Calheiros (MDB-AL) – 18.set.2019
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    Nomes escolhidos

    Calheiros (MDB-AL) foi escolhido nesta sexta-feira (16) para ser o relator da CPI da Covid-19 na Casa. O presidente da comissão será o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o vice-presidente será o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Os nomes foram informados à CNN pelo próprio senador da Rede.

    Aziz tem um perfil independente, mas não era desejado pelo governo para assumir o cargo. Já Randolfe faz oposição sistemática ao Executivo e é um dos autores do pedido de investigação

    Por ter a maior bancada na Casa, o MDB deveria ficar com a presidência da CPI, mas o partido preferiu escolher a relatoria. Dessa forma, o PSD, segundo maior partido do Senado, ficou com a presidência.

    Ao longo da semana, depois de considerar que a criação da Comissão seria inevitável, lideranças governistas concentraram esforços para tentar evitar que um senador de oposição, como Renan, assumisse postos de destaque na CPI.

    A iniciativa comandada pela ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, tinha apoio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem não interessava o protagonismo de um adversário político regional.

    Presidente da CPI é investigado pela Justiça

    O senador Omar Aziz é investigado por desvios de recursos para a área da saúde quando ele foi governador do Amazonas, de 2010 a 2014.

    Aziz foi alvo de uma operação do Ministério Público Federal chamada “Maus Caminhos”. Ela  foi deflagrada em 2016 e houve uma série de desdobramentos.

    O objeto principal da investigação é o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmado com o governo do estado do Amazonas. 

    (Publicado por Daniel Fernandes)