Caroline de Toni diz que foi ‘surpreendida’ por quebra de sigilo bancário
Deputada federal do PSL disse que não há justificativa para a medida. Outros dez parlamentares tiveram sigilo quebrado em inquérito sobre atos antidemocráticos
A deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC) disse à CNN na noite desta terça-feira (16) que foi “supreendida” com a quebra de seu sigilo bancário e de mais outros nove deputados federais e um senador bolsonaristas, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), como parte do inquérito que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Não fiz nada que não fosse um direito de garantia fundamental, que é me manifestar, acompanhar em Brasília as manifestações onde as pessoas apenas pediam para que deixassem o presidente Bolsonaro governar e apoiavam a livre circulação das pessoas durante a pandemia”, falou.
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A parlamentar contou que ficou sabendo do inquérito pela imprensa e que irá constituir um advogado para entender sobre o que está sendo acusada.
“As autoridades vão ver que é uma decisão imotivada [sem motivação]. Entendo que não há nenhum pressuposto jurídico que justifique essa quebra de sigilo”, afirmou.
Na manhã de hoje, a Polícia Federal realizou operação de busca e apreensão ligada ao inquérito sobre a origem de recursos e a estrutura de financiamento de grupos suspeitos da prática de atos antidemocráticos. As buscas foram requeridas pela PGR e determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Na tarde desta terça-feira (16), outros três suspeitos foram presos pela PF dentro da investigação sobre a organização destes atos.