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    Pacheco será obrigado a instalar CPI da Covid-19, diz Renan Calheiros

    Quatro vezes presidente do Senado, parlamentar rejeita tese de que novo comandante da Casa possa se negar a acatar assinaturas por comissão

    produzido por Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo

    Quatro vezes presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL) rejeita a tese de que o novo comandante da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), possa escolher não instaurar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as ações do governo federal na pandemia.

    Os senadores que defendem a CPI da Covid-19 conseguiram as 27 assinaturas — o equivalente a um terço da Casa — que são necessárias para uma comissão desse tipo. Renan é um dos signatários, assim como senadores de Rede, PT, MDB, PSDB, Podemos, PDT, Cidadania, PSL e PSD.

    “Ele é obrigado a instaurar. Essa investigação é emblemática, necessária, fundamental. Temos que investigar se houve responsabilidade por omissão, incompetência, para que o Congresso, se for o caso, possa punir”, afirma Renan em entrevista à CNN

     

    O senador Renan Calheiros (04.fev.2020)
    O senador Renan Calheiros (04.fev.2020)
    Foto: Reprodução/CNN

    “O Congresso perdeu muito espaço quando abriu mão de sua capacidade de investigar politicamente em CPIs e permitiu que o Ministério Público e setores do Judiciário usurpassem essa competência. Com as CPIs, nós nos aproximávamos da sociedade e dávamos respostas que ela nos cobrava. Na medida que abrimos mão disso, perdemos competência”, avalia o parlamentar.

    Calheiros discorda que a iniciativa possa virar palanque, como em outras épocas. “O congresso, diferentemente do primeiro comando de Curitiba, investiga com a participação de todos os partidos, ninguém vai capitalizar a circunstância”.

    Ele comentou também a possibilidade de Bia Kricis assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Congresso. “Acho inconcebível colocar na presidência da CCJ alguém que defendeu golpe, que batalhou sempre pelo esvaziamento da instituição a que pertence. Isso é uma contradição muito ruim que não favorece os partidos”.

    Publicado por Guilherme Venaglia