Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Justiça manda deputado da Alesp comprovar entrega de dossiê ‘antifascista’

    Douglas Garcia, do PSL, é acusado de divulgar dados pessoais de ativistas contrários ao governo nas redes sociais

    Julyanne Jucá, da CNN em SP

     

    Plenário da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo)
    Plenário da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo)
    Foto: Pedro Duran – 16.jun.2020/CNN

    O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o deputado estadual Douglas Garcia (PSL/SP) confirme que entregou às autoridades o possível dossiê feito por ele que contém dados de membros do movimento denominado “antifascista”. 

    Parlamentares registraram um boletim de ocorrência na Polícia Federal contra o deputado em junho, quando imagens de um dossiê que continha imagens que mostravam dados pessoais, como nome, rede social, endereço e descrição de pessoas que seriam “antifascistas” viralizou nas redes sociais.

    Leia mais:
    Douglas Garcia e Gil Diniz são suspensos das atividades na Alesp

    Segundo o vereador Paulo Teixeira (PT/SP), o boletim teria sido registrado por causa da divulgação de conteúdo particular. Garcia havia afirmado, no entanto, que circulavam informações sobre dois dossiês: Um feito por ele e entregue às autoridades e outro que continha informações de menores de idade e é o que foi divulgado nas redes. 

    Procurada pela CNN, a assessoria do deputado confirmou, na época, que um documento foi encaminhado às autoridades competentes e que os supostos dossiês que circulam nas redes sociais “não são os mesmos enviados pelo deputado”.

    Na última quinta-feira (09), a juíza Ana Lúcia Xavier Goldman, da 28ª Vara Cível de São Paulo, determinou que Douglas Garcia entregue protocolos que confirmem a entrega do tal dossiê às polícias Civil e Federal e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil. O prazo para o cumprimento se encerra nesta terça (14) e não cabe recurso. 

    “Desse modo, defiro em parte o pedido inicial, para determinar ao réu que forneça dados do protocolo da entrega do dossiê ou denúncia às autoridades trás mencionadas e para que informe se as autoras foram arroladas no documento, trazendo cópia dos respectivos trechos,” coloca a magistrada na decisão.

    Por meio de nota, a assessoria do deputado afirmou que ela não foi citado e não está ciente do processo. “O mesmo vale para a representação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo”.

    Além disso, complementa que pediu a cassação dos mandatos dos deputados Emídio de Souza (PT), Isa Penna (PSOL) e Mônica Seixas (PSOL), “que afirmaram falsamente que o Deputado Douglas Garcia deu publicidade a dados de terceiros”.