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    Número dois da Saúde na gestão Pazuello, Elcio Franco presta depoimento à CPI

    Ex-secretário executivo do Ministério da Saúde deve ser questionado sobre um suposto "gabinete paralelo" e sobre as compras e abastecimento de insumos

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia ouve nesta quarta-feira (9) o depoimento de Antônio Elcio Franco Filho, que foi secretário-executivo do Ministério da Saúde durante a gestão de Eduardo Pazuello. Oficial da reserva do Exército, Franco atualmente é assessor especial do ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

    A convocação de Elcio Franco foi apresentada pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eduardo Girão (Podemos-CE), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE), para que ele possa esclarecer a possível existência de um suposto “gabinete paralelo” de aconselhamento ao governo federal no enfrentamento à pandemia. 

    O ex-secretário deve ser indagado também sobre as compras e abastecimento de insumos para os estados durante a crise sanitária. Além disso, Elcio foi responsável por negociações na compra de vacinas e em um dos documentos obtidos pela CPI, ele relata que o atraso na resposta à Pfizer foi motivado pela presença de um “vírus” nos computadores da pasta.

    No requerimento apresentado pelo vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues, o senador argumenta que o Ministério da Saúde, tendo Elcio Franco como secretário-executivo, só apresentou um Plano Nacional de Vacinação após exigência do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2020.

    “Mesmo com a demora, o plano era falho. Apresentava diversos pontos em aberto e foi alvo de críticas de cientistas cujos nomes apareciam como responsáveis pela elaboração do documento e que afirmaram não terem sido consultados antes da publicação”, diz um trecho do requerimento.

    Em sessão temática no Senado, no dia 4 de março, o ex-secretário defendeu a forma como a pasta elaborou e implementou a estratégia de enfrentamento da pandemia da Covid-19 e a campanha de vacinação.

    Votação para quebra de sigilos

    O grupo majoritário de senadores da CPI da Pandemia decidiu na noite de segunda-feira (7) retirar o nome do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, da lista de quebra de sigilos que será colocada em votação nesta quarta-feira (9).

    A informação é da analista da CNN Basília Rodrigues.

    Restaram 26 requerimentos para ter acesso aos sigilos, entre os alvos: o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e a equipe de auxiliares dele na pasta, o ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o assessor para assuntos internacionais do Planalto, Filipe Martins e o ex-secretário de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten.

    Há na lista pedido para quebrar os sigilos do ex-secretário executivo Elcio Franco; do advogado Zoser Hardman e do assessor de comunicação Markinhos Show. Também o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros e a secretária de gestão Mayra Pinheiro – que continuaram no ministério na gestão de Marcelo Queiroga. Além da oncologista Nise Yamagushi e o empresário Carlos Wizard.

    (Com informações da Agência Senado)

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