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    Ainda no clima das eleições, líderes do Congresso começam a voltar a Brasília

    Maia e Alcolumbre tentam adiantar o reinício das sessões

    Câmara dos Deputados, em Brasília
    Câmara dos Deputados, em Brasília Foto: Flickr/Vismar Ravagnani

    Larissa Rodrigues, da CNN, em Brasília

    Com os parlamentares ainda com a cabeça nas eleições municipais e dedicados às bases eleitorais, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal resolveram convocar sessões só para quarta-feira (18/11) à tarde. Inicialmente, a expectativa é que as duas Casas voltassem aos trabalhos oficiais já nesta terça (17), após uma semana de recesso branco. 

    No entanto, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), resolveram, na tarde desta segunda (16), atender aos apelos dos líderes do Congresso Nacional e adiar o retorno às votações em um dia. Com isso, a intenção dos presidentes é voltar à negociação das pautas nesta terça, para que, quarta à tarde, seja possível aprovar matérias durante as sessões plenárias. 

    No Senado, está marcada uma reunião de líderes para às 10h30 da manhã desta terça. “Chego em Brasília amanhã [terça] cedo. Teremos reunião com os líderes da Casa para definir os projetos que serão apreciados nas sessões de quarta e quinta. A prioridade do Governo Federal é votar o projeto de Lei de Falências”, afirmou o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), à CNN

    Porém, o presidente do Senado ainda não confirmou se retorna a Brasília para comandar essa reunião com os líderes da Casa. Alcolumbre está em Macapá, capital de Amapá, há cerca de duas semanas, desde que a cidade começou a enfrentar o problema do apagão na rede elétrica. Sem ele, a chance de pautar matérias prioritárias do Palácio do Planalto diminuem.

    Do lado da Câmara dos Deputados, a missão de definir uma pauta consensual é ainda mais difícil. A Casa não vota nada há mais de um mês e Maia vem reclamando da obstrução feita pela base do governo por causa da indefinição sobre a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO). A oposição também obstrui as votações, na tentativa de pautar a MP 1.000, que trata da extensão do auxílio emergencial.

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    O líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que fechou, junto com o presidente Jair Bolsonaro, uma lista de propostas prioritárias do governo a serem votadas. “Vamos votar o PL 137, PLP 101, BR do Mar – Cabotagem, Casa Verde e Amarela e autonomia do Bacen [Banco Central]”, anunciou. Porém, ainda não há acordo para o PL do BR do Mar, por exemplo, que aparece na pauta de quarta e, se mais uma vez não for analisado, seguirá trancando as votações, ou seja, impedindo a apreciação de outras matérias.

    “Volto para Brasília hoje [segunda] à noite. Estamos trabalhando para que haja reunião de líderes da Câmara já nesta terça para chegarmos à um acordo até quarta antes da votação”, afirmou Barros à reportagem. A CNN apurou ainda que Ricardo Barros está tentando agendar um encontro entre ele, demais líderes da base do governo e o presidente Bolsonaro antes da sessão de quarta-feira. A expectativa é traçar uma estratégia para que as pautas defendidas pelo Palácio do Planalto avancem no Congresso.