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    PF faz busca e apreensão em gabinete de primeira-dama do Piauí na Câmara

    Como precaução para garantir a entrada dos agentes na Câmara dos Deputados, a justiça de primeira instância obteve decisão da ministra Rosa Weber

    Basília Rodriguesda CNN

    A operação hoje da Polícia Federal, sobre investigação no Piauí, faz busca e apreensão, neste momento, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

    A primeira-dama do Piauí, esposa do governador Welington Dias é um dos alvos de mandados. Rejane Dias (PT-PI) é deputada federal e tem gabinete em Brasília.

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    Fontes da PF informaram à CNN que, desta vez, como precaução para garantir a entrada dos agentes na Câmara dos Deputados, a justiça de primeira instância obteve decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Ela autorizou a Justiça Federal do Piauí a expedir os mandados de busca de apreensão também com entrada na Câmara, o que evita o enfrentamento jurídico da semana passada, quando a PF foi impedida de entrar no gabinete do senador José Serra.

    Operação Topique

    A ação de hoje investiga lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva na secretaria de Educação do Piauí. Rejane Dias foi secretária da pasta em 2019, quando esteve licenciada do mandato na Câmara.

    Há suspeita de desvios na ordem de R$ 50 milhões, entre 2015 e 2016, em licitação de contratos do transporte escolar do estado.

    Procurada, a deputada afirmou em nota que “recebe tranquilidade os desdobramentos da referida Operação”. Também em nota, a secretaria de Educação do Piauí disse que está colaborando com as investigações.

    Outro lado

    O governador Welington Dias criticou a operação e classificou a ação como “ridícula e desnecessária”. Em mensagem enviada a jornalistas, afirmou se tratar de “mais um espetáculo em nome de investigação”.

    “Um processo que vem de 2013, quando eu nem era governo, em contratos que seguia um padrão nacional, pagamento por quilômetro rodado.”

    De acordo com o governador, Rejane iria prestar depoimento antes, o que teria sido adiado por causa da pandemia. Ele argumenta que quando a esposa assumiu a secretaria da Educação, em 2015, renovou os contratos questionados pela investigação para não prejudicar o retorno às aulas.

    “Dando tempo para nova licitação e novos contratos” e “com base em parecer técnico e na lei”, afirmou.

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