Adiamento de eleições municipais deve ser votado nesta semana, diz Maia
"Ainda estamos longe disso, mas a intenção é chegar na quarta-feira (1º) com a solução para esse tema", afirmou o presidente da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (29) que a decisão sobre o adiamento das eleições municipais de 2020 será votada ainda nesta semana.
“A decisão de votar precisa acontecer nessa semana, até porque temos o prazo de 4 de julho, que é muito importante. São milhares de servidores públicos que pretendem disputar eleição, muitos na área da saúde, que precisam da informação para tomar sua decisão”, disse Maia ao lado do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).
A data citada por Maia diz respeito ao dia em que passam a ser vedadas algumas condutas de agentes públicos, como a realização de nomeações, exonerações e contratações, assim como transferências de recursos.
Ele afirmou que está dialogando para construir o apoio necessário para que a medida seja aprovada na Câmara. “Ainda estamos longe disso, mas a intenção é chegar na quarta-feira (1º) com a solução para esse tema.”
Assista e leia também:
Acordo com Senado abre espaço para que deputados votem adiamento das eleições
Maia descarta envio de reforma administrativa pelo governo em 2020
Maia explicou que a reunião em São Paulo faz parte de uma iniciativa para dialogar de forma mais próxima com prefeitos e governadores para ajudar a definir a pauta da Câmara no segundo semestre.
“A gente está vendo que a questão do transporte é uma tema urgente, que vai precisar de uma ação e muitos prefeitos têm demandado essa pauta, a importância de encontrar um caminho junto com o governo federal e o Congresso, para que a gente não pare os serviços, a mobilidade das pessoas nos grandes centros urbanos”, disse.
Ele disse também que a queda de arrecadação e o aumento das despesas em decorrência da crise causada pela pandemia de Covid-19 é outro tema que será tratado pelo Congresso.
“Sempre tenho dito que, numa crise dessa proporção, é sempre a esfera federal que tem a obrigação de organizar com prefeitos e governadores. É o único ente que pode emitir dívida, tem as condições de coordenar esse trabalho.”