Dividida, bancada do PT adia anúncio de apoio a Baleia Rossi
Segundo o líder do PT na Casa, Enio Verri (PR), a bancada continua dividida e o anúncio só deve acontecer na próxima semana
A bancada do PT na Câmara se reuniu nesta terça-feira (29), mas não chegou a um consenso sobre o apoio ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do bloco liderado por Rodrigo Maia à presidência da Câmara.
Segundo o líder do PT na Casa, Enio Verri (PR), a bancada continua dividida e o anúncio só deve acontecer na próxima semana.
“Temos setores que defendem a candidatura própria e outros que defendem o apoio imediato a Baleia Rossi. Vamos caminhar nesse debate durante a semana e nos reuniremos novamente na segunda-feira (4)”, afirmou Verri.
No encontro, os deputados petistas discutiram a carta compromisso divulgada nesta segunda-feira (28) por PT, PSB, PDT e PCdoB com críticas ao governo Bolsonaro e a defesa de um Congresso independente.
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“Nós, dos partidos de oposição, temos a responsabilidade de combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antidemocráticas, neoliberais, de desmonte do Estado e da economia brasileira, e de lutar para que nosso povo possa ter resguardados seus direitos à vida, à saúde, ao emprego e renda, à alimentação acessível, à educação, entre outros direitos essenciais”, diz trecho do documento intitulado “Por uma Câmara independente e livre”.
“Nós caminhamos muito nesse debate, discutimos o documento apresentado pela oposição a Baleia Rossi e vamos apresentar sugestões”, disse Verri.
O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP)
Foto: Michel Jesus – 8.abr.2019/Câmara dos Deputados
No Twitter, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou que essa negociação não deve se confundir com 2022. “O projeto de país defendido pela esquerda confronta com a frente eleitoral de agenda neoliberal, que esquece o povo”, declarou.
O PT, que tem 53 deputados, é o partido da oposição que mais resiste a apoiar Rossi. Há na legenda quem defenda uma candidatura avulsa para marcar posição e até apoiadores do candidato do Planalto, Arthur Lira (PP-AL).
Mas justamente pelo número de parlamentares, se ficar com o emedebista, o partido terá, pelas regras de proporcionalidade, vagas na Mesa Diretora. Aliados de Rossi usam esse argumento para conquistar os petistas.