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    Bretas se declara suspeito e deixa investigação sobre supostos crimes no governo

    Juiz alegou suspeição por 'razões de foro íntimo'

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

    Em decisão proferida na tarde desta quarta-feira (24), o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal da Justiça do Rio, se autodeclarou suspeito para continuar julgando a ação que investiga suposto esquema criminoso ao longo do governo de Wilson Witzel

    Bretas investigava desde o ano passado um grupo que supostamente atuava junto à Witzel para fraudar contratos na área de saúde. 

    “Por razões de foro íntimo, considerando minha relação pessoal com uma das partes até o ano de 2019, declaro-me suspeito para atuar neste feito e no correlato. Assim faço para que não pairem dúvidas acerca da isenção da jurisdição prestada por esta Justiça Federal”, escreveu Bretas em sua decisão.

    Com a decisão de Bretas em sair do caso, os oitos réus denunciados e sem foro, como a esposa de Witzel, Helena, o ex-secretário Lucas Tristão  e os empresários Mário Peixoto, Alessandro de Araújo Duarte, Cassiano Luiz da Silva, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto, terão que aguardar a decisão da Justiça sobre para onde vai o processo: se para a Vara Federal ou Estadual.

    Destes, a única pessoa que não teve prisão decretada foi Helena Witzel. Todos os outros estão presos há mais de 200 dias, sendo que Gothardo está em prisão domiciliar. Além disso, o único que teve denúncia acatada pela Justiça e já foi julgado foi Wilson Witzel, que hoje está em liberdade. Todos os outros ainda aguardam andamento judicial e terão atraso em seus trâmites judiciais com a auto suspeição de Bretas.

    A decisão acontece dias depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, falar sobre um “escândalo” na 7ª Vara Federal do Rio, sob chefia de Bretas.

    “Não sei por que esse escândalo ainda não veio à tona, mas o que se fala em torno dessa 7ª Vara é de corar também frade de pedra”, afirmou Mendes.

    Na ocasião, Bretas, em suas redes sociais, “negou veementemente qualquer suposta irregularidade” apontada pelo ministro Gilmar Mendes.

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