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    É mais fácil ser presidente que ministro da Saúde, diz Bolsonaro

    Presidente defendeu o uso da hidroxicloroquina no tratamento a pacientes com a Covid-19

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro
    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    Durante a posse do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a responsabilidade do general à frente da pasta é “enorme” e agradeceu a ele por ter aceitado o convite para ser efetivado no cargo.

    “Eu confesso que é menos complicado ser presidente da República do que ministro da Saúde. A sua responsabilidade, Pazuello, é enorme. Eu quero agradecer por você ter aceitado esse desafio”, disse.

    Ao longo de seu discurso, Bolsonaro tratou da grande divergência que teve com os dois antecessores do militar, a hidroxicloroquina. 

    “Com o ministro da Saúde anterior, nada era resolvido nas nossas conversas. Pior que uma decisão ruim é uma indecisão. Tinhamos que fazer alguma coisa para conter as mortes”, disse.

    “Aceito, mesmo não sendo médico, qualquer crítica a ela [cloroquina], mas por parte das pessoas que possam apresentar uma alternativa para a mesma”, comentou.

    O presidente defendeu sua postura ao promover o medicamento contra a Covid-19.

    “A decisão não foi da minha cabeça. Não resolvi apostar, como se fosse um jogador. Com o Ernesto Araújo, conversamos com embaixadores pelo mundo. Porque na África haviam poucas mortes àquele momento? A FDA, a Anvisa dos Estados Unidos, estudava isso aqui. Se não tivesse o mínimo de indício, não ia estudar”, disse Bolsonaro.

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    “Comecei a defender a hidroxicloroquina calcado também na experiência de médicos pelo Brasil, que apostavam nela e tinham uma resposta através da sua observação”, prosseguiu.

    Na mesma semana em que fez críticas à equipe econômica e suspendeu a ideia do projeto Renda Brasil, o presidente pediu uma salva de palmas ao ministro da Economia, Paulo Guedes.  

    O presidente voltou a criticar as medidas de distanciamento social e quarentena adotadas pelo país, sobretudo o fechamento das escolas. “Não tinhamos porque fechar escolas, mas as medidas mais restrititvas não estavam mais na mão da Presidência da República”, afirmou.