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    ‘Quando pandemia acabar, universidades farão eleições limpas’, diz Weintraub

    Segundo o ministro da Educação, o mundo acadêmico não deveria estar preocupado com 'joguinho de poder' neste momento

    O ministro da Educação Abraham Weintraub em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (07.mai.2019)
    O ministro da Educação Abraham Weintraub em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (07.mai.2019) Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Renata Agostinida CNN

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou à CNN que o governo decidiu editar a medida provisória alterando o processo de escolha de reitores porque as universidades não estavam fazendo “eleições limpas”. Segundo ele, o mundo acadêmico não deveria estar preocupado com “joguinho de poder” neste momento.

    “Os conselhos universitários estavam enviando nomes por aclamação. Quando a pandemia acabar, eles farão eleições limpas e escolheremos a partir da lista tríplice”, disse Weintraub. “Enquanto isso, voltar às aulas deveria ser a prioridade, não o joguinho de poder.”

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    O presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória nesta quarta-feira (10) autorizando Weintraub a nomear reitores temporários para as universidades durante a pandemia sem ouvir a comunidade acadêmica. Com a medida provisória em vigor, o governo terá o poder de indicar vinte reitores até o fim do ano: dezesseis em universidades e quatro em institutos federais.

    Na avaliação do governo, as universidades não deveriam ter suspendido aulas. Weintraub costuma reclamar a interlocutores que as listas tríplices encaminhadas ao MEC com os mais votados para as reitorias trazem sempre nomes “ligados à esquerda”.

    A medida provisória provocou forte reação no Congresso e líderes já indicam que ela não deve prosperar: ou será derrubada ou deixarão ela caducar. A avaliação é que o governo está tentando mexer na autonomia universitária, o que seria inconstitucional.

    O MEC nega que haja desrespeito à Constituição. A pasta argumenta que não há previsão legal para que a eleição do comando das universidades ocorra em ambiente virtual, já que uma medida provisória versando sobre o assunto acabou perdendo a validade. Diz ainda que a escolha dos reitores temporários “obedecerá critérios técnicos”.